Vikings cultivavam maconha, indicam registros arqueológicos

O hábito de cultivar cannabis era uma prática normal entre noruegueses que viveram há 1,3 mil anos. É provável que os vikings empregavam as fibras do cânhamo na confecção de roupas e cordas. As informações são da Galileu.

Se o debate sobre a descriminalização da maconha é um tabu no Brasil de hoje, povos vikings que viveram durante o século 7 na Noruega aparentavam ter um entendimento bem menos conservador sobre as plantas do gênero Cannabis. Pesquisas conduzidas pelo Museu Nacional da Dinamarca realizaram exames no solo do sítio arqueológico de Sosteli para comprovar que o plantio da maconha era comum entre os povos da região.

De acordo com a análise, a erva foi cultivada no sudeste norueguês entre os anos de 650 a 800. É provável que os vikings empregavam as fibras do cânhamo — nome recebido pelas variedades da planta Cannabis ruderalis — na confecção de roupas e cordas.

Ainda não é possível ter certeza se a Cannabis sativa era utilizada como erva terapêutica ou recreativa. Em um sítio arqueológico da região, entretanto, foi encontrada uma pequena sacola de couro com sementes de Cannabis que pertencia à uma idosa — a análise do esqueleto revela que a mulher sofria de diferentes problemas de saúde e, provavelmente, utilizava a maconha como analgésico para aliviar suas enfermidades.

Registros do uso da Cannabis são documentados há pelo menos 2,5 mil anos de idade, quando fragmentos de folhas de maconha foram encontrados ao lado de um corpo mumificado na China. Durante séculos, a planta não foi criminalizada: apenas no início do século 20 os países promulgaram leis que proibiram o cultivo e o consumo da maconha.

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