Martírio na luta pela cannabis: terapeuta canábico é preso novamente
A prisão do terapeuta Márcio Pereira impacta diretamente no atendimento de 3.000 pacientes que fazem tratamento com medicamentos derivados da maconha
Nessa segunda-feira (24), o terapeuta e gerente de produção de cannabis medicinal Márcio Pereira se apresentou no presídio de Marília (SP) em cumprimento a um processo sob o qual foi acusado de tráfico de drogas por ser flagrado com óleo de maconha e a planta in natura.
Márcio e sua companheira, Fernanda Redondo Peixoto, foram presos em dezembro de 2018, em Rondônia, quando viajavam para o Acre e levavam consigo os medicamentos — o óleo e a planta de cannabis —, que seriam entregues a um paciente. Fernanda foi libertada uma semana depois para cumprir prisão domiciliar.
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O terapeuta, após cumprir dois anos e oito meses da sentença em regime fechado e desde então estar em regime semiaberto, agora está novamente preso após ter se apresentado.
A prisão de Márcio impacta diretamente no atendimento de 3.000 pacientes que fazem tratamento com medicamentos derivados da cannabis, na Associação Maria Flor, onde ele e Fernanda trabalham.
“A história dos dois é uma dentre tantas no país, que mostram o quanto o obscurantismo político e a ignorância a respeito dos canabinoides têm custado ao país em termos de saúde e justiça social”, diz uma publicação da associação.
Em vídeo, diversos pacientes, políticos e artistas declaram sua solidariedade a Márcio:
Enquanto no Brasil quem luta pela vida é preso por causa de uma planta medicinal e pessoas são executadas pela polícia por plantarem cannabis, diversos países mundo afora estão reformando suas leis de drogas e até mesmo incentivando que as famílias cultivem maconha em suas casas.
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#PraTodosVerem: fotografia mostra o bud apical de um pé de cannabis, com pistilos e folhas em tons de rosa por conta da iluminação, e, ao fundo, desfocado, a mão de uma pessoa e diversas outras plantas de maconha. Foto: Paciente de maconha medicinal | Smoke Buddies.
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