Segundo pesquisa, maconha cria falsas memórias

Segundo pesquisa, Maconha cria falsas memórias - Smoke Buddies

Segundo um estudo publicado na revista científica Molecular Psychiatry, o uso regular de maconha pode fazer com que o usuário se lembre de eventos que nunca aconteceram, usuários de maconha afirmavam lembrar-se de palavras que nunca haviam visto antes. As informações são da Info Abril e o estudo pode ser encontrado no Molecular Psychiatry

As falsas memórias seriam criadas a partir de pequenos “atos falhos” registrados pelo cérebro. Elas geram nas pessoas a sensação de ter vivido situações que na verdade nunca aconteceram.

Considerando que o THC, um dos princípios ativos da maconha, comprovadamente interfere na formação de memórias, um grupo de psiquiatras da universidade de Barcelona decidiu verificar se a ocorrência de falsas memórias também pode ser afetada pela droga.

Nos experimentos, os pesquisadores recrutaram 16 usuários regulares da erva, e cruzaram seus resultados com os de um grupo de controle, formado por pessoas que usaram a droga menos de 50 vezes na vida. Em um teste de memória, os participantes deveriam decorar uma série de palavras. Alguns minutos depois, eles eram apresentados às mesmas palavras novamente, mas desta vez com algumas inéditas.

Usando uma maquina de ressonância magnética para escanear o cérebro dos participantes, os pesquisadores descobriram que os usuários da maconha possuíam a tendência de reagir às “palavras iscas” da mesma forma que uma pessoa reagiria a uma palavra que registrada na memória. Os pesquisadores atribuíram esse resultado à formação de falsas memórias. Considerando que todos os participantes se abstiveram do uso da erva por um mês antes dos experimentos, presume-se que o resultado é decorrência dos diferentes efeitos de longo prazo da maconha no cérebro dos fumantes.

“Nossos resultados mostram que os usuários da erva tiveram uma suscetibilidade maior a ilusões de memória, como observado em certas populações neurológicas e psiquiátricas, além de indivíduos mais velhos”, escrevem os pesquisadores.

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