São Vicente e Granadinas exporta primeira carga de maconha para uso medicinal
Remessa representa a primeira exportação de cannabis por um membro da Organização dos Estados do Caribe Oriental. As informações são da Reuters
São Vicente e Granadinas enviou uma carga de 110 libras (49,8 quilos) de cannabis medicinal depois de receber uma licença para exportação para a Alemanha, de acordo com anúncios oficiais e uma autoridade local familiarizada com o assunto.
São Vicente, uma nação caribenha com uma população de pouco mais de 110.000 pessoas, há anos desenvolve sua indústria local de cannabis. Em 2018, o país insular criou uma agência estadual para supervisionar o licenciamento e garantir que sua cannabis medicinal esteja disponível para pacientes locais.
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A remessa partiu em 18 de janeiro e chegou na Alemanha em 19 de janeiro, disse o funcionário, que pediu para não ser identificado por que não está autorizado a falar publicamente sobre o assunto.
A carga foi vendida pela Caribbean Cannabis Company, que já comercializa vários produtos localmente, segundo a fonte. A empresa não respondeu a um pedido de comentário.
O ministro da Agricultura de São Vicente, Saboto Caesar, disse em 7 de janeiro que o Instituto Federal de Drogas e Dispositivos Médicos da Alemanha havia aprovado uma licença para a remessa.
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“São Vicente e Granadinas está pronto para negócios globais no espaço da indústria de bem-estar medicinal”, disse Caesar, acrescentando que o governo espera desenvolver outros produtos de bem-estar, incluindo medicamentos tradicionais e o campo emergente da medicina psicodélica.
Ele disse que foi a primeira exportação de cannabis medicinal por um membro da Organização dos Estados do Caribe Oriental, composta por 11 nações e territórios ultramarinos na borda leste do Mar do Caribe.
Saiba mais:
#PraTodosVerem: foto mostra o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalvez, ao lado de um técnico, que segura um ramo (cola) de maconha, enquanto conversam sobre como diferentes partes da planta de cannabis são usadas, em Kingstown, 9 de setembro de 2021. Imagem: Robertson Henry / Reuters.
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