Santa Lúcia deve descriminalizar maconha e anistiar presos

Fotografia mostra parte de cima do encosto de uma cadeira que tem o brasão de Santa Lúcia esculpido em madeira cor de nogueira e, ao fundo, em pior foco, duas pessoas aparecem, uma de cada lado, no interior do Parlamento de Santa Lúcia. Imagem: reprodução / Facebook.

A descriminalização da cannabis, bem como a anulação das sentenças de pessoas encarceradas pelo porte de 30 gramas ou menos, será colocada em votação na próxima sessão parlamentar pelo premiê trabalhista Philip Pierre. Informações da Newsweed

Em breve será possível portar até 30 gramas de cannabis sem medo de ser preso em Santa Lúcia. O governo da ilha anuncia seu retorno político. O primeiro-ministro Philip Pierre, líder do Partido Trabalhista, colocará a medida em votação na próxima sessão parlamentar. Um debate já bastante avançado, uma vez que os deputados discutiram o assunto durante cinco horas, nessa quarta-feira, na Assembleia.

Se a medida vir à luz, os santa-lucienses maiores de 18 anos poderão carregar até 30 gramas de cannabis. Não poderão consumir a maconha em locais públicos, sob pena de multa de 470 euros (R$ 2.911). Os menores presos por uso de cannabis serão acompanhados por conselheiros antidrogas.

Outro avanço é a anulação das sentenças, retroativamente, votado por unanimidade. Concretamente, o governo vai libertar da prisão os condenados por porte de menos de 30 gramas de cannabis. Isso pode afetar várias centenas de prisioneiros, de acordo com o Martinique La 1ère. “Sabemos que essas medidas afetaram muitas pessoas durante anos”, admite o ministro da Justiça, Leslie Mondesir.

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Satisfação do movimento rastafári

Esses anúncios atraem o movimento rastafári, que está bastante estabelecido em Santa Lúcia. 2% dos 180.000 santa-lucienses aderiram a essa cultura religiosa nascida na Jamaica, de acordo com a CIA. Durante anos, os rastas da ilha estiveram entre os primeiros a serem afetados pela criminalização da cannabis.

“Esperamos que o governo mencione nosso direito de consumir cannabis, nossos direitos constitucionais, nossos direitos espirituais de usar cannabis como sacramento”, disse Aaron Alexander, um representante rastafári citado pelo Loop News St. Lucia.

Todas essas medidas são um primeiro passo para Santa Lúcia. A ilha vem tentando há anos reformar sua lei antinarcóticos. Mas ela nunca teve sucesso. A descriminalização e a anistia parecem, portanto, um primeiro passo. Durante a campanha legislativa, o primeiro-ministro Philip Pierre prometeu desenvolver “uma indústria de cannabis medicinal e recreativa”.

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#PraTodosVerem: fotografia mostra parte de cima do encosto de uma cadeira que tem o brasão de Santa Lúcia esculpido em madeira cor de nogueira e, ao fundo, em pior foco, duas pessoas aparecem, uma de cada lado, no interior do Parlamento santa-luciense. Imagem: reprodução / Facebook.

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