Saiba como e por que a Slightly Stoopid gravou um vinil de haxixe

Vinil de haxixe.

Será que a combinação de dois ícones vintage, o vinil e o haxixe, são capazes de emitirem bons sons a cada rotação por minuto? Segundo a empresa que fez o LP, a ideia é promover a conscientização sobre a legalização da maconha. As informações são da Billboard com tradução Smoke Buddies.

Vinil de haxixe.

Estes são os dias de glória para os hipsters das antigas: A disponibilidade de lançamentos de vinis com edição limitada e de uma infinidade de strains de maconha pode ser maior do que nunca. Nos Estados Unidos, as vendas de vinis estão em sua maior marca em 28 anos, e a maconha está regulamentada para uso médico e/ou recreativo em 28 estados do país. O que, talvez, tornou inevitável a chegada da primeira gravação que se tem conhecimento de um disco prensado com haxixe.

“Trata-se de colocar dois ícones vintage da velha guarda juntos”, diz Jon Phillips, da Silverback Music, empresa que fez o LP e gerencia a banda Slightly Stoopid. “O vinil é um ícone da velha guarda, e é assim que nos sentimos sobre o haxixe, também.”

A trip nostálgica não ficou barata: cada um dos dois protótipos foi feito com 6.000 dólares de bubble hash (um tipo de haxixe super resinoso que borbulha quando queimado), além de 1.000 dólares adicionais para a selagem e masterização que foi feita por Gil Tamazyan, em Los Angeles, no estúdio Capsule Labs.

O primeiro protótipo, gravado com os grooves da música “Dabbington”, produziu um som até que aceitável, mas os maconheiros do estúdio não puderam deixar de aproveitar cada lasca do bolachão resinoso. A segunda tentativa também não teve sucesso, produzindo um áudio de qualidade questionável. Uma terceira (e última) tentativa está programada para ocorrer ainda no início de 2017.

“Originalmente, nós queríamos fazer isso para promover a conscientização sobre a legalização [da maconha]”, diz Phillips (“o fator wow” também foi um motivador). No momento, ele planeja comercializar o bubble hash da marca Slightly Stoopid para dispensários, doando uma parcela dos lucros para as pesquisas sobre o câncer.

O destino da primeira cópia do disco será ir a leilão, para caridade, ou acabar na parede do escritório da Silverback, pois, segundo Phillips: “Isto não é algo para você pôr várias vezes num toca-discos, por ora, esta é uma obra de arte.”

Fotografia: Alyson Aliano.

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