Projeto que assegura tratamento com cannabis é aprovado em comissão da Assembleia do RN

Foto de um frasco âmbar com gotejador deitado em uma superfície branca lisa, com a boca voltada para a câmera, e folhas de cannabis, que aparecem ao fundo e na parte esquerda do quadro. Imagem: Marco Verch | Flickr. canabidiol

A proposta, de autoria da deputada Isolda Dantas (PT), também aborda o incentivo à pesquisa sobre o uso medicinal e industrial da cannabis. Informações da ALRN

O direito ao tratamento de saúde com produtos de cannabis e seus derivados está na ementa do Projeto de Lei nº 149/2021, de autoria da deputada Isolda Dantas (PT), aprovado na reunião híbrida da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, realizada na manhã dessa terça-feira (19).

O projeto, que vai continuar a sua tramitação até ser submetido à votação final, no plenário do legislativo potiguar, também dispõe do incentivo à pesquisa sobre o uso medicinal e industrial da cannabis e a divulgação de informações para a população e para profissionais da área de saúde.

“Este projeto de lei tem como objetivo garantir o direito à saúde da população norte-rio-grandense através de medidas que promovam o acesso ao uso medicinal da cannabis, por meio de apoio a pesquisas, de promoção de campanhas educativas e de parcerias com associações de pacientes, universidades e institutos de pesquisa. O uso medicinal já é uma realidade no Brasil e no mundo, sendo utilizado para tratar doenças como dores crônicas, epilepsia, Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla e câncer, dentre outras”, registra a deputada Isolda na justificativa da proposição.

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A propositura registra ainda que as pesquisas científicas e os relatos de pacientes e familiares indicam que o uso medicinal da cannabis proporciona controle considerável dos sintomas de doenças sem os efeitos colaterais das medicações convencionais. Isso aumenta significativamente a qualidade de vida dessas pessoas e de seus cuidadores, que passam a conseguir realizar tarefas simples do dia a dia, até então inviabilizadas pela doença e pelos efeitos colaterais de outros tratamentos.

Antes da votação, por convite da deputada Isolda Dantas, os participantes da reunião ouviram depoimentos do advogado e servidor da Assembleia Legislativa Gustavo Brito e da repórter da TV Assembleia Juliana Lobo, que fazem tratamento de filhos com o óleo da cannabis.

“Tenho um filho, João Pedro, que tomou uma vacina tríplice viral quando tinha um ano e três meses e seis meses depois deixou de andar. Procurei a cannabis. Ele faz tratamento todos os dias e o resultado está sendo muito bom. Não estamos defendendo a cannabis como uso social, mas medicinal”, disse Gustavo.

Juliana Lobo relatou que seu filho já nasceu com problemas e um dia chegou a convulsionar várias vezes. “Não tinha mais o que fazer quando passei a usar a cannabis. Ele não tinha vida e chegou a cegar com as drogas que usava antes para o tratamento. Há cinco anos que meu filho não se interna em nenhum hospital. A gente precisa da legalização para uso medicinal”, afirmou Juliana.

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#PraTodosVerem: foto mostra um frasco âmbar com gotejador deitado em uma superfície branca lisa, com a boca voltada para a câmera, próximo a folhas de cannabis, que aparecem ao fundo e na parte esquerda do quadro. Imagem: Marco Verch | Flickr.

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