Restaurantes servem pratos com canabidiol no ‘Dia da Maconha’

Fotografia em vista superior que mostra parte de uma bandeja marrom redonda contendo vários pequenos potinhos transparentes com flores secas de maconha; ao fundo desfocado, pratos montados em uma mesa. Restaurantes.

Em comemoração ao Dia da Maconha (4/20), restaurantes dos EUA estão servindo pratos contendo canabidiol (CBD), até mesmo em Nova York que proibiu o uso do composto em produtos alimentícios. As informações são da Bloomberg, via Extra.

A Fresh & Co, uma rede de restaurantes especializado em saladas sediado em Nova Iorque, lançou recentemente o cardápio “4/20” no qual as comidas recebem pequenas quantidades de canabidiol (um dos princípios ativos da Cannabis sativa, nome científico da maconha). Os pratos foram criados em comemoração ao “feriado extra-oficial da maconha”, celebrado no dia 20 de abril. Nos Estados Unidos, as datas são escritas de maneira contrária, grafando-se primeiro o mês e depois o dia. Portanto, 20 de abril é escrito como 4/20. Juntos, os dois números são uma gíria que faz referência à maconha.

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Entre as opções do cardápio “4/20”, há a “salada embrasada” — composta de bolos de cânhamo (um tipo de Cannabis sativa), folhas de cânhamo verdes e aioli com 15 miligramas de canabidiol (vegan) — e trufas de CBD — feita com chocolate meio amargo, leite de coco, xarope de bordô, manteiga de cacau, pó de café expresso, sal marinho, 15 miligramas de canabidiol.

Aproveitando a data, outras empresas de alimentos também estão vendendo produtos comemorativos. Para cada pedido feito na empresa Caliva (que vende cannabis), a sorveteria Ben & Jerry’s concordou em fornecer um sorvete com canabidiol. Neste 20 de abril, a rede de fast food Carl’s Jr. vai vender um hambúrguer com jalapeños (um tipo de pimenta) em conserva, queijo de pimenta e molho infundido com CBD. Mas este último prato só será servido em Denver, no Colorado, o primeiro estado americano a legalizar a venda de produtos com maconha.

Confusão reina sobre a legalidade dos produtos relacionados à maconha. Reguladores federais estão focados em alegações comerciais de que o CBD tem efeitos benéficos à saúde, para os quais não há evidências conclusivas. Enquanto isso, os varejistas afirmam que o aditivo pode ajudar com a dor crônica ou ansiedade, mas, novamente, não há provas. A Food and Drug Administration – FDA (a agência reguladora para alimentos e medicamentos, como se fosse a “Anvisa” americana) ainda não conseguiu responder se o uso do canabidiol a longo prazo pode trazer efeitos negativos.

Proibição em Nova Iorque

A cidade de Nova Iorque decidiu banir o canabidiol em produtos alimentícios, dando aos comerciantes até o dia 1º de julho para cumprir o acordo. O departamento de saúde disse que está trabalhando para “educar os operadores de negócios sobre essa proibição e direcioná-los a parar de oferecer esses produtos”. Mesmo com o período de carência, alguns inspetores da cidade já estão reprimindo restaurantes e varejistas que vendem produtos com infusão de CBD. Em um comunicado na quarta-feira, o departamento de saúde reiterou que a FDA “avisou que é ilegal adicionar canabidiol (CBD) a comida ou bebida”.

George Tenedios, presidente executivo da Fresh & Co., disse em uma entrevista na terça-feira que sua empresa não está fazendo nada de errado. O cardápio “4/20” da rede de restaurantes estará disponível até o dia 30 de abril.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em vista superior que mostra parte de uma bandeja marrom redonda contendo vários pequenos potinhos transparentes com flores secas de maconha; ao fundo desfocado, pratos montados em uma mesa.

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