Produtos de maconha são a nova febre entre os profissionais do Golfe

Fotografia em close-up de uma flor de maconha seca sobre um pino, fixado na grama, e à frente da base de um taco de golfe.

O jogador de golfe Bubba Watson contará com patrocínio da cbdMD, uma das maiores empresas do setor de canabidiol. Saiba mais no texto de Ricardo Fonseca para o site Golfe.esp.br.

Se você achou estranho o PGA Tour liberar propaganda e patrocínio de cassinos e outros jogos de azar, vai ficar mais surpreso ainda ao ver importantes profissionais do PGA Tour usando, defendendo o uso e até sendo patrocinados por empresas que produzem produtos à base de maconha, uma indústria que espera faturar, segundo a consultoria Brightfield Group, US$ 5,7 bilhões (R$ 20 bilhões), em 2019, e US$ 22 bilhões (R$ 80 bilhões) até 2022.

Desta vez o PGA Tour não gostou e até advertiu os jogadores para o perigo de usar esses produtos e serem pegos em exames antidoping. Na verdade, todas as empresas que vendem os chamados CBD (sigla de Canabidiol) para esse segmento alegam que seus produtos não contêm substâncias psicoativas, no caso o THC (Tetra-hidrocanabinol, que hoje se grafa sem o hífen e o “H”) e, portanto, são legais. Uma discussão que fora do esporte não tem nem sentido nos EUA, onde a maioria da população tem acesso legal à maconha, seja para uso medicinal, com receita médica simples, ou mesmo para uso recreativo.

Popularidade

A popularidade dos CBDs vem de suas propriedades alegadas, entre elas reduzir a ansiedade, e combater inflamações, insônia e dores crônicas. Há quem defenda que são remédios para artrite, epilepsia e transtorno de estresse pós-traumático. São vendidos em forma de óleo vaporizador, cremes, adesivos, gomas, doces variados em formato de ursinhos, cobras e arco-íris, além de cápsulas e compostos. Há óleo de CBD até para cachorros, e com sabor de bacon. Segundo a BBC, até a Coca-Cola afirmou que está “acompanhando de perto a popularização do CBD não psicoativo como ingrediente em bebidas funcionais no mundo”.

Trata-se de um mercado em expansão e tão promissor que um profissional de golfe do Brasil acaba de retornar dos EUA onde passou seis meses trabalhando no cultivo – legalizado – de maconha com altos teores de THC. Mas enquanto no Brasil o produto só pode ser importado através de uma liberação especial da Anvisa, com uma burocracia monstro, e só para quem necessita dos CBDs para tratamento médico especial, nos EUA são vendidos livremente.

Patrocínio

Bubba Watson acaba de assinar um contrato de vários anos para jogar com patrocínio da cbdMD, que está se tornando uma gigante do setor apenas dois anos depois de ser lançada e de várias fusões e aquisições. O campeão do Masters vai usar o logo da empresa nos dois lados de seu boné e endossa o uso de seus produtos. “”Eu pessoalmente senti os benefícios dos produtos da cbdMD”, disse Watson em um comunicado. “O cbdMD é o mais seguro no mercado e tenho orgulho de fazer parceria com eles para ajudar milhões a se sentir melhor.”

Scott Piercy e Scott McCarron, hoje no Champions Tour são outros jogadores famosos que estão sendo patrocinados ou até investem em empresas que plantam maconha e produzem CDBs. A cbdMD garante que seus produtos são 100% orgânicos, veganos e livres de glúten e que não apresentam traços de THC, o que poderia aparecer nos exames antidoping do alerta do PGA Tour.

Diferença – Emboras sejam sinônimos, para diferenciar, nos EUA, o cânhamo é chamado de Hemp (sem THC ou percentual mínimo) e a maconha de Marijuana. A Organização Mundial da Saúde disse que não há comprovação dos efeitos benéficos dos CBDs – é necessário fazer mais estudos – mas assegura que não foram encontrados efeitos negativos.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em close-up de uma flor de maconha seca sobre um pino, fixado na grama, e à frente da base de um taco de golfe.

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