Produção ilegal de maconha ainda domina mercado nos EUA, mostra relatório
Estudo da New Frontier Data aponta que 72% de todo o cultivo de maconha de 2019 nos EUA será de produção ilegal. Califórnia, Nova York, Texas, Flórida e Illinois são os cinco estados com maior demanda ilícita. Saiba mais na tradução pela Smoke Buddies
No Relatório de Cultivo de Cannabis nos EUA: Produção Legal e Ilícita por Estado em 2019 da New Frontier Data, a produção de cultivo estimada nos EUA para 2019 deverá atingir 13,5 toneladas e expandir para 15,6 toneladas até 2025. Da produção de 2019, 2,4 toneladas (18,2%) serão cultivadas legalmente. Até 2025, a produção legal total deverá subir para 5,6 toneladas, ou 36,3% da demanda total. O aumento da produção deve-se principalmente ao crescimento da população e à implantação de novos programas de uso adulto legalizados em Illinois, Massachusetts e Michigan, bem como ao crescimento na Flórida e na Califórnia.
O relatório de cultivo descreve não apenas estimativas legais, mas também oferta e demanda ilícitas. Dado que 72% de todo o cultivo de 2019 nos EUA será de cultivadores ilícitos, muitas partes interessadas estão analisando de perto os dados.
Entre os estados com maior demanda ilícita, Califórnia, Nova York, Texas, Flórida e Illinois são os cinco primeiros em peso. Alguns deles estão em processo de transição para um sistema de uso adulto (por exemplo, Califórnia e Illinois), enquanto outros são simplesmente grandes mercados com acesso limitado a consumidores de uso médico (por exemplo, Nova York e Flórida). O Texas é um caso externo, na medida em que não é um estado médico nem de uso adulto (seu Programa de Uso Compassivo, iniciado em 2018, permite que pessoas que sofrem de convulsões graves usem cannabis medicinal com baixo teor de THC, deixando a maioria dos pacientes médicos desprovidos), apesar disso tem uma população significativa de 2,4 milhões de usuários de cannabis.
De acordo com uma pesquisa de 2018 realizada pela Administração de Serviços de Abuso de Substâncias e Saúde Mental (SAMHSA), entre os 10 principais estados com maior oferta de mercado ilícito, muito poucos têm acesso à cannabis legal e, subsequentemente, abrigam grandes indústrias ilícitas de cannabis.
Fornecedores ilícitos representam uma ameaça existencial para operadores legais. Os fornecedores ilícitos não testam seus produtos, não cobram impostos sobre vendas, nem se sobrecarregam com os custos de conformidade. Por outro lado, os fornecedores legais precisam não apenas estar cientes de seus concorrentes legais, mas também competir contra rivais no mercado ilícito.
Avaliar o suprimento ilícito é, de certa forma, mais importante do que rastrear um legal: ao entender o nível de atividade ilícita, os reguladores podem avaliar a eficácia de seus programas regulatórios. Os investidores podem examinar a variável entre suporte legal e ilícito para determinar o potencial positivo do(s) mercado(s) em que estão investindo. Enquanto isso, os operadores podem calcular a participação de mercado da produção que controlam e desenvolver melhores estratégias para capturar uma participação maior de seus concorrentes. Os cálculos de fornecimento ilícito contidos no relatório de cultivo podem fornecer dados críticos para uma variedade de públicos.
Embora as receitas legais de maconha sejam impressionantes (uma receita projetada de US$ 13,6 bilhões em 2019, crescendo para US$ 29,7 bilhões em 2025), investidores, operadores e reguladores precisam manter um olhar atento sobre o mercado ilícito, pois esse mercado é muito mais formidável e permanece como um fator-chave no sucesso da implantação de qualquer sistema legalmente regulamentado.
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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em plano fechado que mostra uma porção de vários buds verdinhos de maconha e o que parece ser a borda enrolada de um saco plástico transparente, nas partes direita e inferior esquerda da imagem. Foto: Jenna Schoenefeld | NYT.
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