PL que institui o Dia da Maconha Medicinal será votado no Rio

#PraCegoVer: Em destaque, fotografia de uma pessoa segurando folhas de maconha feitas de papel em suas mãos, durante o dia da maconha medicinal, celebrado em SP.

O Projeto de  Lei nº 1794/2016, que institui o Dia Da Maconha Medicinal no calendário oficial da cidade do Rio de Janeiro, será votado na Câmara dos Vereadores na próxima terça-feira, dia 24. Sessão aberta é oportunidade para sociedade pressionar políticos

Na próxima terça-feira (24), a Câmara de Vereadores da cidade do Rio de Janeiro vai votar o Projeto de Lei de autoria do Vereador Renato Cinco (PSOL) que institui o Dia da Maconha Medicinal, a ser celebrado no dia 27 de novembro, no calendário oficial da cidade.

A sessão é aberta e nossa presença é uma forma de pressionar os políticos e mostrar que esse é um tema que tem apoio da população. A votação deve ocorrer por volta das 16 horas, mas é bom chegar um pouco antes para acomodação. As galerias não têm acessibilidade, portanto pessoas com mobilidade reduzida e acompanhantes assistirão direto do plenário.

A Câmara fica na Cinelândia, no Palácio Pedro Ernesto, rua Marechal Floriano, s/n, mas a entrada é pela Rua lateral Alcindo Guanabara. É necessário levar documento de identidade e não é permitido entrar de bermuda.

O Dia da Maconha Medicinal

O Dia da Maconha Medicinal já é celebrado não oficialmente desde 2013, sempre no dia 27 de novembro de cada ano, com debates, palestras, distribuição de material informativo e atos públicos em favor da luta pela legalização da maconha para fins medicinais.

A data foi idealizada por coletivos e ativistas por ser emblemática para luta pela legalização da maconha para fins medicinais, pois é o Dia Nacional de Combate ao Câncer. Entre muitos outros usos cientificamente comprovados, o auxílio ao tratamento do câncer é um dos mais expressivos. Além de suas propriedades anticancerígenas, a eficiência no alívio de náuseas, vômitos e inapetência provocados pela quimioterapia pode ser decisiva, uma vez que os efeitos colaterais são as principais causas de descontinuidade do tratamento.

Além disso, a cannabis também apresenta resultados surpreendentes no tratamento da esclerose múltipla, glaucoma, AIDS, epilepsia e dores crônicas e neuropáticas em geral, como aponta estudo da Faculdade Federal de Medicina de São Paulo (Unifesp), dirigido pelo psicofarmacologista Elisaldo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e membro do comitê de peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre álcool e drogas.

Diante da profusão de novas descobertas científicas, os usos terapêuticos da cannabis se tornaram motivo de debate em dezenas de países, mobilizando pacientes, pesquisadores, cultivadores, profissionais de saúde e sociedade civil para redesenhar as políticas de drogas. O Brasil faz parte desse movimento e a cidade do Rio de Janeiro pode consagrar sua posição de vanguarda e exemplo nacional ao formalizar o dia da Maconha Medicinal em seu calendário oficial.

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