No Piauí, pesquisas com CBD para fins de saúde pública devem iniciar em 2019

Fotografia em close-up e vista lateral de uma flor de maconha no início da floração com pistilos brancos e partes dos dedos, vestindo luvas azuis, que a seguram. Laboratório chileno.

Visando otimizar os gastos com a aquisição de CBD (canabidiol) e atender à saúde pública, o governo do Piauí segue com seu projeto pioneiro de regulamentar o composto da cannabis. Pesquisas devem começar em março de 2019.

No último dia 27 de novembro, o secretário de Saúde Florentino Neto se reuniu com diversos órgãos governamentais, acadêmicos e privados para tratar sobre investimentos na produção de canabidiol (CBD), medicamento derivado da Cannabis sativa. No encontro, empresas privadas apresentaram propostas de parceria com o Governo para fomentar a pesquisa e produção do medicamento no estado do Piauí, conforme divulgou o portal R10.

O Piauí foi o primeiro estado do país a autorizar a viabilização da produção de CBD, um projeto que teve início com o Governo do Estado e a Universidade Estadual do Piauí (UESPI), no intuito de fortalecer a pesquisa e produção do medicamento.

“Temos um projeto inovador, que envolve toda a comunidade científica e técnica, estudando os efeitos desses medicamentos. Os dados científicos mostram que os benefícios são significativos no que diz respeito à melhoria dos pacientes. O que percebemos aqui é o governo trabalhando junto com as universidades com o mesmo objetivo”, disse Florentino Neto.

Segundo o IBGE, existem 17 milhões de pessoas no Brasil que poderiam ser tratadas diretamente com Cannabis, para os agravos de saúde mais presentes no país, os dados foram apresentados pelo CEO da empresa Canapi, Paulo Jordão Fortes. “O Piauí tem um potencial forte de investimento nesse âmbito por questões geográficas, clima adequado, disponibilidade de água, força de trabalho e vontade política”, comentou.

O Piauí interliga Saúde, Universidades e diversos órgãos governamentais e iniciativa privada. “Diversas empresas, inclusive, internacionais estão olhando para essa experiência, isso abre precedentes também para mais investimentos para o nosso estado”, completou o secretário, afirmando ainda que um dos principais objetivos é ajudar o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) que possui pacientes que precisam desse tipo de tratamento, pois o uso do canabidiol é liberado para pessoas com crise convulsiva refratária.

“Também queremos ajudar os médicos a integrarem esse conhecimento e usarem esse medicamento que já é legal no Brasil, precisamos fazer um trabalho muito próximo com os profissionais de saúde para que eles entendam como funciona o canabidiol no nosso corpo”, disse o CEO da empresa que apresentou a proposta para parceria com os órgãos públicos.

Mais um passo rumo ao pioneirismo

Em reunião realizada na Residência Oficial, nesta quinta-feira (13), o Piauí deu mais um passo rumo ao pioneirismo nos estudos com canabidiol por meio de um trabalho técnico envolvendo universidades e pesquisadores do Piauí e de outros estados, segundo o noticiado pelo Portal O Dia. O Piauí é o primeiro estado do Brasil a iniciar um projeto de regulamentação do canabidiol (CBD), com fins de saúde pública. A substância é usada para o tratamento de doenças neurológicas e atualmente possui alto valor de mercado. A população que necessita do medicamento muitas vezes recorre à justiça para obter subsídios de custeio.

“Estamos acertando com a Universidade Estadual do Piauí e a Secretaria de Estado de Saúde para fazer uma pesquisa para ver a qualidade dos efeitos do canabidiol consumido por pacientes do Piauí”, informou Wellington Dias.

No Brasil, a comercialização do canabidiol já é permitida para fins médicos através da importação. Os pesquisadores contam com o apoio do governo no diálogo com instâncias nacionais como o Ministério da Saúde e Agência de Vigilância Sanitária. O indicativo é de que as pesquisas sejam iniciadas em março de 2019, em parceria com Residência Médica em Neurologia do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

De acordo com Franklin Vargas, presidente da Associação Nacional dos Usuários de Canabidiol (Anuc), um dos objetivos dos estudos que serão realizados no Piauí é baratear o custeio da dosagem do medicamento. “Otimizar o dinheiro que é gasto com a compra de CBD no estado. Hoje as pessoas entram na justiça para pagar o tratamento que é de alto custo. Queremos montar uma pesquisa pioneira no HU e utilizar esse dinheiro que já é gasto para fins de estudos”, explica.

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#PraCegoVer: fotografia (capa) em close-up e vista lateral de uma flor de maconha no início da floração com pistilos brancos e partes dos dedos, vestindo luvas azuis, que a seguram.

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