Patrícia Villela Marino na luta pela legalização da cannabis medicinal

Fotografia em primeiro plano de Patrícia Villela Marino em um ambiente interno com vasos de plantas ao fundo. Imagem: Luíza Matravolgyi / divulgação.

Empresária luta há anos pelo direito do uso terapêutico da planta e acredita que a pandemia de Covid-19 jogou luz na discussão. As informações são do Radar Econômico / Veja

Em outubro de 2014, a revista Superinteressante rompeu a barreira do papel para levar às telas de cinema o drama real da paisagista Katiele de Bortoli Fischer, cuja filha caçula, Anny, recebeu o diagnóstico da síndrome CDKL5, uma doença rara. O distúrbio, que chegou a provocar mais de 80 convulsões em uma única semana, não conseguia ser amenizado por nenhum medicamento, a não ser por uma substância derivada da maconha, o canabidiol (CBD).

O documentário intitulado “Ilegal” retratou o caminho tortuoso que Katiele teve de percorrer para conseguir autorização para o uso do fármaco, proibido no Brasil pelas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A empresária Patrícia Villela Marino, que faz parte da família que controla o Itaú, maior banco privado da América Latina, resolveu abraçar a causa da descriminalização da erva para uso medicinal no Brasil.

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Cofundadora e presidente do Instituto Humanitas360, Patrícia luta há anos pelo direito do uso de cannabis medicinal no país como forma de atenuar os efeitos de doenças como depressão, hipertensão, diabetes, mal de Parkinson, Alzheimer, dentre outras. Ela acredita que na pandemia de Covid-19 a aprovação da cannabis para uso médico se faz ainda mais necessária. “Alguns estudos mostram a adequação do uso da cannabis medicinal em casos de pessoas que tiveram doenças respiratórias, síndrome do pânico ou depressão em decorrência da Covid-19”, afirma.

“A pandemia deve ser aceleradora de processos e não paralisadora. A criação de um mercado de cannabis legalizado e regulado no Brasil nos traz a capacidade de participar e de ser agente transformador desse capitalismo. Não um capitalismo de exploração, mas um capitalismo de participação”, explica Patrícia.

 

 

 

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Segundo estudo da companhia educacional Hiria, caso liberado nos moldes de outros países, o mercado brasileiro de cannabis teria potencial de negócios avaliado em 45 bilhões de reais em 10 anos. Além de ser benéfica para a saúde, a legalização para uso medicinal poderia atrair empresas, gerar diversos empregos e girar a roda da economia.

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#PraCegoVer: em destaque, fotografia em primeiro plano de Patrícia Villela Marino em um ambiente interno com vasos de plantas ao fundo. Imagem: Luíza Matravolgyi / divulgação.

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