Estudo: pacientes com HIV que usam cannabis têm níveis mais baixos de neuroinflamação

Fotografia em plano fechado que mostra um bud de cannabis sendo segurado pelos dedos indicador e polegar de uma mão sobre a palma da outra. Foto: Elsa Olofsson | Unsplash.

Pacientes HIV positivo que consomem cannabis diariamente têm níveis mais baixos de neuroinflamação do que pacientes HIV positivo que não consomem a planta, de acordo com um novo estudo. As informações são do Ganjapreneur

Pacientes HIV positivo que consomem cannabis diariamente possuem níveis mais baixos de neuroinflamação do que pacientes que não consomem, segundo um estudo da Universidade da Califórnia, em San Diego, publicado esta semana no Jornal da Sociedade Internacional de Neuropsicologia.

Os investigadores descobriram que os indivíduos HIV positivo que consumiam maconha diariamente possuíam níveis mais baixos de inflamação crônica do que os indivíduos HIV positivo que não consumiam maconha e que os resultados da inflamação crônica daqueles que consumiam maconha eram semelhantes aos dos indivíduos HIV negativo sem histórico de uso de maconha.

“Tomados em conjunto, os resultados são consistentes com a noção de que os canabinoides podem modular processos inflamatórios em PWH [pacientes com HIV], especificamente no SNC, e sugerem uma ligação entre menor inflamação do SNC e melhor função neurocognitiva. (…) Estudos futuros em PWH são necessários para investigar os potenciais efeitos distintos de canabinoides específicos, e o uso medicinal adulto, na estrutura e função do cérebro” — “Uso diário de cannabis está associado a uma menor inflamação do SNC em pessoas com HIV”, Jornal da Sociedade Internacional de Neuropsicologia.

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O estudo incluiu 263 participantes, incluindo HIV negativo não usuários e usuários de cannabis, e HIV positivo usuários e não usuários de cannabis.

Um estudo separado publicado no ano passado na revista Neurology: Neuroimmunology & Neuroinflammation descobriu que o uso recente de cannabis por pessoas com HIV foi associado a marcadores inflamatórios reduzidos no líquido cefalorraquidiano e no sangue. Os autores do estudo, também da UC San Diego, concluíram que os resultados do estudo foram “consistentes com a compartimentação dos efeitos imunológicos da cannabis”.

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#PraTodosVerem: fotografia, em plano fechado, mostra um bud de cannabis sendo segurado pelos dedos indicador e polegar de uma mão sobre a palma da outra. Foto: Elsa Olofsson | Unsplash.

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