Os benefícios do cânhamo para a indústria automotiva

Foto, em vista diagonal, do carro Lotus Eco Elise sobre uma superfície de madeira escura e, ao fundo, a imagem de uma plantação de cannabis (cânhamo) e um céu com nuvens. Foto: divulgação.

Negar os benefícios de uma das plantas mais versáteis do planeta significa escolher permanecer cego para o mundo ao redor. Saiba mais sobre os usos do cânhamo no setor automotivo com as informações da autoevolution, traduzidas pela Smoke Buddies

Desde os primeiros dias quando alguém esbarrou em um arbusto em chamas e sentou-se bem perto, as pessoas usam cannabis para efeitos eufóricos que ocorrem quando o fogo é aceso, mas também para utilidades. A mais comum das quais sendo a fabricação de têxteis.

Mas isso foi naquela época. Hoje, os esforços de legalização em todo o mundo criaram para a erva muito mais respeito do que apenas rumores.

Mesmo que a cannabis sempre tenha sido deixada em segundo plano, pesquisas recentes sobre o seu uso trouxeram à tona muitas aplicações. Algumas das quais a indústria automotiva está aproveitando ao máximo.

Desde aplicações em lubrificantes, bioplásticos e até supercapacitores para alimentar veículos elétricos e híbridos, a cannabis está voltando.

Em 1941, Henry Ford apresentou seu próprio carro de plástico de cânhamo, cujo corpo, exceto o chassi, era feito de 70% de fibras de celulose a partir de palha de trigo, cânhamo e sisal e 30% de resinas, e relatava ter uma força 10 vezes maior que a aço.

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Mas como pegamos uma planta e a tornamos plástica? A resposta é e sempre será a celulose, o polímero orgânico mais abundante neste planeta. O cânhamo tem cerca de 60-70% de celulose, o que o torna uma fonte ideal. A madeira contém cerca de 40% de celulose, mas é usada principalmente na construção civil. O algodão, com 90% de celulose, é reservado principalmente para tecidos.

Uma vez extraída a celulose do cânhamo, ela pode ser fabricada por métodos semelhantes aos dos plásticos clássicos, mas com muito menos resíduos biológicos. A celulose pode então ser misturada com materiais pré-existentes para criar híbridos. Variando a quantidade de fibra natural ou celulose na composição dos componentes, podemos modificar a flexibilidade e a resistência.

O carro elétrico da BMW, o i3 lançado em 2013, é descrito como sendo 800 libras (aproximadamente 360 kg) mais leve que os outros carros de sua classe. Tudo isso trazido a você pelo cânhamo. E fibra de carbono, no caso do i3.

Outros importantes players automotivos, como Audi, Volkswagen e Toyota, também estão no jogo. Até o mais recente carro de corrida da Porsche, o 718 Cayman GT4, usa compósitos de cânhamo, fabricados pela Hempflax, uma empresa fora dos Países Baixos. Até a Lotus parece estar experimentando materiais infundidos com cânhamo em seu Eco Elise.

Outro subproduto importante do cânhamo é o óleo. Utilizado como lubrificante, nas indústrias automotiva e espacial, para tratamentos médicos e óleos de massagem em nossas casas. O óleo de cânhamo pode realmente ajudar a manter as coisas funcionando sem problemas.

Agora, o grande impulso ao cânhamo é principalmente por que esses produtos tendem a ser completamente biodegradáveis ​​e renováveis, mas outros fatores também influenciam seu cultivo e uso. A principal razão é que o cânhamo é um produto que pode ser cultivado localmente em solo americano, mantendo assim sua logística não influenciada por fatores geopolíticos, como seria se fosse cultivada em outro lugar do mundo. Grupos como a US Hemp Growers Association agora existem para ajudar a promover e orientar o crescimento futuro do cânhamo nos Estados Unidos.

Ah, e se tiver a ideia de acender seus componentes de cânhamo, não o faça, o tetraidrocanabinol ou o THC, a substância conhecida pelos efeitos psicoativos, não está presente nos componentes automotivos.

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#PraCegoVer: a imagem de capa traz a foto, em vista diagonal, do carro Lotus Eco Elise sobre uma superfície de madeira escura e, ao fundo, a imagem de uma plantação de cannabis e um céu com nuvens. Foto: divulgação.

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