Nos EUA, presídios liberam detentos para conter o surto de Covid-19

Fotografia em plano fechado que mostra uma folha de maconha no centro da imagem, bem clara e reluzente, em área externa, onde é possível ver parte do céu e da copa de  uma árvore, com folhas mais escuras.

Detentos em risco pelo superlotado sistema penitenciário americano, como doentes e idosos, começam a ser liberados das prisões em vários estados do país, em uma tentativa de conter o avanço da pandemia. As informações são do Ganjapreneur, com tradução pela Smoke Buddies

Carcereiros e promotores de justiça dos EUA começaram a tomar medidas para conter a disseminação do Covid-19 no sistema penitenciário superlotado do país, incluindo a libertação antecipada de alguns prisioneiros, relata o WGBH.

Saiba mais – Vendas de maconha crescem no EUA em meio a surto de coronavírus

Em Massachusetts, pelo menos seis procuradores do distrito anunciaram medidas para libertar precocemente doentes e idosos presos. Rachel Rollins, procuradora do distrito de Suffolk County, Massachusetts, disse que os supervisores estão analisando os pedidos de libertação por parte dos presos que “não representam um risco significativo para a segurança pública”.

“Enquanto os americanos de todo o país estão sendo incentivados a se autoisolar, os membros de nossa população carcerária estão, por definição, fazendo exatamente o oposto, sem opções alternativas. Precisamos considerar seriamente caminhos para impedir a disseminação do Covid-19 para nossas populações encarceradas, cuja maioria esmagadora retornará às nossas comunidades em algum momento no futuro”, disse Rollins em comunicado.

Na cidade de Nova York, a BBC relata que os carcereiros libertarão prisioneiros “vulneráveis”, de acordo com uma ordem do prefeito Bill De Blasio.

Em Los Angeles, o departamento do Xerife já libertou cerca de 600 presos na semana passada. “Nossa população dentro de nossas prisões é uma população vulnerável, exatamente por quem eles são, onde estão localizados, por isso estamos protegendo essa população de possíveis exposições”, disse o xerife Alex Villanueva, de Los Angeles, na semana passada.

O advogado e empresário de cannabis, Steve DeAngelo, divulgou uma declaração em vídeo na quinta-feira passada e compartilhou uma petição pela libertação de todos os prisioneiros de cannabis e indivíduos encarcerados que estão particularmente em risco com o vírus mortal. Ainda existem mais de 44.000 americanos cumprindo penas de prisão por delitos não violentos à cannabis.

Saiba mais – Coronavírus: Juiz determina soltura de idoso preso por tráfico no ES

Enquanto isso, o vírus já foi encontrado em várias prisões em todo o país. No total, o CDC na sexta-feira confirmou pouco mais de 15.000 casos de coronavírus nos EUA, com 201 mortes relatadas. Na segunda-feira (23), esse número mais que dobrou, pois o CDC registrou 33.404 casos confirmados e 400 mortes.

O Ganjapreneur encoraja os leitores a assinarem a petição para incentivar uma ação imediata do governo americano sobre este assunto. Embora a indústria da cannabis tenha sido considerada essencial pelos governos que geram receita tributária a partir de sua existência, muitos prisioneiros não-violentos idosos – ou com condições de saúde subjacentes – são extremamente vulneráveis ​​ao vírus e não têm como se proteger.

Leia também:

A hipócrita proibição da maconha em tempos de pandemia, por Luís Carlos Valois

#PraCegoVer: Fotografia em plano fechado que mostra uma folha de maconha no centro da imagem, bem clara e reluzente, em área externa, onde é possível ver parte do céu e da copa de  uma árvore, com folhas mais escuras. Foto: Pixabay.

Deixe seu comentário
Assine a nossa newsletter e receba as melhores matérias diretamente no seu email!