Mercado canábico valerá o dobro do de suplementos e vitaminas nos EUA, segundo projeção

Quando a proibição federal sobre a cannabis for revogada, o mercado da planta pode se tornar uma indústria de US$ 60 bilhões nos EUA, cifra que representa o dobro dos mercados de vitaminas e suplementos no país. Informações são da Business Insider

A cannabis legal nos EUA pode se tornar um mercado de US $ 60 bilhões se a proibição federal for revogada, de acordo com um novo relatório da empresa de investimentos Echelon Wealth Partners, de Toronto. Isso é mais que o dobro do mercado total de vitaminas e suplementos nos EUA.

Usando dados da firma de pesquisa de mercado Euromonitor, o analista da Echelon, Matthew Pallotta, estimou o tamanho do mercado legal de cannabis nos EUA com base nas tendências de consumo.

Existem aproximadamente 24 milhões de usuários de cannabis legal e ilegal, de acordo com os dados do Euromonitor, e esse número pode saltar para 30 milhões, já que produtos contendo THC e CBD continuam entrando no mainstream.

“Notamos que um dos aspectos mais originais e atraentes da florescente categoria de cannabis, em relação a outros segmentos de consumo de alto crescimento, é que a demanda significativa pelos produtos já existe“, escreveu Pallotta.

Para efeito de comparação, o mercado de tabaco nos EUA, talvez encabeçado por novos concorrentes na categoria de vaping, é um mercado de US$ 121 bilhões.

Embora a cannabis seja federalmente legal no Canadá, Pallotta disse que o valor real para os investidores está nos produtores de cannabis dos Estados Unidos ou das empresas multinacionais, ao invés das maiores empresas canadenses de capital aberto, como Canopy Growth e Aurora Cannabis.

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Além disso, Pallotta disse que o mercado de CBD acabaria sendo dominado por grandes empresas. Desde que o presidente Donald Trump assinou a Lei Agrícola em dezembro, as grandes empresas de consumo alavancaram seus imensos balanços patrimoniais para começar a competir nesse mercado, o que, segundo Pallotta, acabaria por pressionar as pequenas operadoras americanas de múltiplos estágios.

O THC psicoativo, no entanto, é ilegal no âmbito federal, e as empresas de consumo mais tradicionais até agora se esquivaram de investir.

“Continuamos a favorecer fortemente as empresas com foco principal na categoria de THC, que é isolada da competição tanto por empresas globais quanto por empresas de cannabis canadenses bem capitalizadas”, escreveu Pallotta. “No longo prazo, acreditamos que a categoria THC permitirá margens mais defensáveis ​​e maiores retornos sobre o capital.”

E nessa frente, Pallotta espera que a onda de consolidação no setor de cannabis nos EUA continue, deixando “poucos e maiores participantes confiáveis” com os recursos para competir em um espaço cada vez mais lotado.

Grande parte dessa atividade de fusões e aquisições será estimulada por novos investidores, mais sofisticados, entrando no setor. Segundo Pallotta, os investidores levantaram perto de US$ 2 bilhões para realizar acordos de cannabis nos EUA por meio de empresas de aquisição de propósito específico de capital aberto, ou SPACS.

“Isso confirma nossa visão de que uma soma significativa de capital está procurando oportunidades de investimento na indústria de cannabis dos EUA “, escreveu Pallotta.

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#PraCegoVer: Fotografia mostra rosto de homem que, de olhos fechados, aprecia o aroma de plantas de cannabis. Foto: REUTERS| Prapan Chankaew.

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