Marcha pede a legalização da maconha em Ribeirão Preto

Apoiadores da liberação da cannabis realizaram rodas de conversa; Erva tem funções medicinais, mas também é usada para recreação. As informações são do ACidade On Ribeirão Preto.

Defensores da liberação da maconha realizaram neste sábado (18), em Ribeirão Preto, uma manifestação na Esplanada do Theatro Pedro II, no Centro. A 5ª Marcha da Maconha teve roda de conversa e debate sobre o impacto da descriminalização do uso da planta – em situações medicinais ou em uso recreativo.

“A marcha é um movimento internacional que tem em vários países. O movimento aqui no Brasil é muito forte. Quanto mais pudermos trazer essa questão para debate, mais interessante. A proibição vem de um preconceito lá atrás, mas pra gente significa retrocesso. As pessoas criam esse preconceito em cima da planta e acabam atingindo todas as vertentes. A maconha é industrial, recreativa e medicinal”, conta Lucas Samara, um dos integrantes do coletivo organizador da Marcha.

O uso medicinal da planta é benéfico em doenças como glaucoma, náuseas da quimioterapia, anorexia e fraqueza associada à AIDS, dores crônicas, inflamações, esclerose múltipla e epilepsia.

A realidade do uso da cannabis é muito presente na vida de Jurandir Fernandes de Almeida da Silva, pai de Djhuan Fernando Alves de Almeida da Silva. O menino de seis anos sofre de esclerose múltipla, epilepsia e artrogripose e trocou, há três anos, os seis medicamentos anticonvulsivo para o tratamento com cannabidiol.

#PraCegoVer: Fotografia dos pais e o pequeno Djhuan duranta a marcha da maconha.

“Ele já se alimentou por sonda, usou oxigênio, meu filho dava de 25 a 30 crises convulsivas por dia. Desde que descobrimos a medicação nossa vida mudou totalmente. Hoje eu e minha esposa podemos dormir bem. Sabemos que ele não vai se sentir mal. Ele andava 24 horas com oxigênio pendurado na cadeira, hoje não tem mais, retirou a sonda. Para nós, a medicação foi uma salvação”, comenta o pai.

Com receita médica autorizando o uso do medicamento, o pai busca agora o direito de poder plantar a cannabis em casa para extrair o óleo usado por Djhuan, já que depende de doações para medicar o filho. “Afeta a vida de várias pessoas no mundo inteiro a proibição. Maconha é saúde, hoje ela salva vidas. A gente queria o direito de plantar pro meu filho, porque a gente não tem condições de comprar a medicação exportada, ou se filiar a uma associação no Brasil que vende. Essa proibição pode levar eu e minha mulher pra cadeia ou perder o meu filho”, lamenta Jurandir.

#PraCegoVer: Fotografia (de capa) traz a imagem de parte de um jaleco na cor branca com uma cruz e folha da maconha bordados em duas tonalidades de cores verde.

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