Marcha da Maconha reúne milhares de pessoas no Rio de Janeiro

Fotografia mostra, do ponto de vista superior, milhares de pessoas durante a Marcha da Maconha no Rio de Janeiro; na parte inferior direita da foto, logo à frente dos manifestantes pode-se ver uma faixa preta com o texto em branco "Paz entre nós - Guerra aos senhores" e o desenho de chamas na parte inferior.

Com o tema ‘Contra o abate nas favelas. Legaliza com o Supremo, com tudo’, a 16ª edição da Marcha da Maconha reuniu milhares de pessoas na orla de Ipanema, neste sábado. Saiba mais no texto de Felipe Aguiar* para a Smoke Buddies.

Desde o seu tímido começo em 2002, a Marcha da Maconha cresceu e este ano, em sua 16ª edição, reuniu milhares de pessoas na orla de Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. Com o seu tema ‘Contra o abate nas favelas. Legaliza com o Supremo, com tudo’, exatamente às 16:20 (4:20), a marcha começou sua caminhada do Jardim de Alah em direção ao Arpoador tendo como “abre-alas” carros de som e as crianças, vítimas de doenças comprovadamente sensíveis ao tratamento com óleo de cannabis rico em CBD, e seus pais e parentes pedindo ao governo a liberação do cultivo caseiro da cannabis para produzirem seu próprio remédio sem ficarem reféns da ultrapassada política antidrogas do Brasil, caminhando célere contra a tendência mundial que é a de legalização, descriminação e normalização do uso de cannabis para fins medicinais ou recreativos.

A legalização da maconha está avançando por todo o planeta e as retrógradas legislações proibicionistas estão dando lugar a políticas públicas que situam o uso de drogas fora da esfera criminal. Contudo o Brasil ainda continua a insistir em uma inútil e mercenária guerra às drogas que já provou causar muito mais males à sociedade do que o uso de substâncias ilícitas em si. A Marcha da Maconha, que faz parte do calendário de atos e manifestações do país há anos, vem mais uma vez alertar a sociedade para a urgente necessidade de mudanças na lei de drogas e, este ano, acontecerá em mais de 40 atos espalhados pelo Brasil.

Medicinal, recreativo, industrial, pelo seu direito de fumar maconha: seja lá qual for o seu motivo de lutar por uma mudança nas leis com relação à erva, a Marcha da Maconha é uma ótima maneira de pressionar por essa mudança de status quo.

Ativistas, como os advogados André Barros e Emílio Figueiredo, políticos como o vereador Renato Cinco, organizadores do evento, como o ex-ministro Carlos Minc e outros influenciadores do mundo canábico fizeram pequenos mas importantes discursos na concentração, convocando os maconheiros/as e simpatizantes a uma demonstração pacífica e alegre, pedindo aos governantes liberdade para suas reivindicações.

Além dos carros de som, o bloco carnavalesco Planta na Mente animou a Marcha que caiu no samba carioca, enquanto a PM apenas observava discretamente o passar da caminhada. Segundo os organizadores, cerca de mais de 5 mil pessoas participaram da demonstração, mas a PM não fez uma estimativa do público presente.

Clique na foto abaixo e acesse a galeria de fotos feitas por Phill Whizzman do Baseado no Cotidiano.

#PraCegoVer: fotografia frontal da Marcha da Maconha, realizada no Rio de Janeiro. Nela vemos grandes faixas onde lemos na primeira “Paz entre nós guerra aos senhores” e mais ao fundo vemos uma faixa preta e entre logos da Marcha das Favelas, lemos a frase “Marcha das favelas pela legalização pelo fim do massacre aos pobres”. Créditos da foto: Phill Whizzman.

Clique aqui e confira como foi a MM Rio de Janeiro 2018.

#PraCegoVer: fotografia (de capa) mostra, do ponto de vista superior, milhares de pessoas durante a Marcha da Maconha no Rio de Janeiro; na parte inferior direita da foto, logo à frente dos manifestantes pode-se ver uma faixa preta com o texto em branco “Paz entre nós guerra aos senhores” e o desenho de chamas na parte inferior. Créditos da foto: Matias Maxx.

*Felipe Aguiar é jornalista, carioca militante e o mais novo membro da redação Smoke Buddies.

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