Mais da metade dos brasileiros apoiam o uso medicinal da maconha
60% dos brasileiros aprovam totalmente, ou com ressalvas, o uso medicinal do THC. Paradoxalmente, quase a mesma proporção de pessoas declarou ser contra a descriminalização da maconha. As informações são da Exame.
Seis em cada dez brasileiros aprovam totalmente ou com ressalvas o uso medicinal e científico do THC (TetraHidroCannabinol), princípio ativo da maconha.
É o que revela pesquisa da consultoria Hello Research realizada com 1,2 mil pessoas em outubro e divulgada em primeira mão por EXAME.com.
Paradoxalmente, quase a mesma proporção de pessoas declarou ser contra a descriminalização da maconha. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados compartilham dessa opinião – um número ligeiramente menor do que o registrado em maio do ano passado, quando 58% eram contrários à liberação do porte de drogas para uso pessoal.
A expectativa é de que a discussão sobre a descriminalização do porte de maconha e outras drogas continue em 2016 no Supremo Tribunal Federal (STF). Por enquanto, o placar favorável à descriminalização está em 3 a 0.
Aperte e Leia: AVANTE STF: 3 X 0
Em novembro, a Justiça Federal do Distrito Federal determinou que a retirada do THC da lista de substâncias proibidas no Brasil, definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Entre as cinco regiões do Brasil, a Centro-Oeste concentra a maior proporção de pessoas favoráveis ao uso medicinal do THC. Por lá, quase 70% dos entrevistados aprovam total ou parcialmente a liberação da substância para fins científicos e médicos.
Em contraste, a região Nordeste apresenta os maiores índices de pessoas desfavoráveis: 3 em cada 10 nordestinos declarou ser contra o uso medicinal do THC.
Pessoas mais jovens, com ensino superior (70%) e que pertençam às classes A e B tendem a ser mais favoráveis à liberação do THC para fins terapêuticos, mesmo que com algumas ressalvas, segundo o levantamento
A pesquisa foi aplicada com 1,2 mil pessoas no mês de outubro em 70 cidades das 5 regiões brasileiras. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
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