Maconha e volante: americanos se consideram imunes à abordagem
Pesquisa divulgada recentemente nos Estados Unidos apontou que 70% dos motoristas entrevistados não acreditam que serão abordados por autoridades e presos caso dirijam em até uma hora após fumar maconha. Informações são da UOL
O levantamento é da AAA (“American Automobile Association”, associação não governamental ligada à segurança viária naquele país) e, de acordo com o site “Autoblog”, tem resultado ao mesmo tempo surpreendente e preocupante no atual contexto norte-americano de discussão da legalização do consumo de maconha — bem como do fato de ainda não existir equipamentos avançados para detecção do uso da droga por motoristas, como no caso dos bafômetros para bebidas.
Na comparação com usuários de outras substâncias que alteram a percepção entrevistados, 7% dos usuários de maconha que diziam assumir o volante após uma hora também afirmaram sentir-se melhor do que quando usavam álcool ou enquanto estavam sonolentos. Esse índice para usuários de outras substâncias é bem menor: 3% para o uso de medicamentos prescritos; 1,7% para dirigir com sono; 1,6% para dirigir embriagado.
Além disso, 6,6% dos entrevistados afirmaram ter dirigido logo após consumir maconha nos últimos 30 dias — cerca de 15 milhões de motoristas americanos, segundo as contas da AAA.
Apesar dos dados acima, o levantamento também indicou que 70% dos entrevistados consideraram perigoso dirigir até uma hora após consumir maconha, enquanto 81% disseram considerar a prática ilegal.
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No Brasil, embora não haja debate legal (em posição de modificar leis) em torno da legalização do uso da maconha, temos também essa discussão sobre o uso de substâncias que modificam a capacidade do condutor, por conta da ação do atual governo federal.
Por mais de uma vez, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em postagens ou declarações, querer o fim de exame de drogas para motoristas profissionais (o exame não é necessário para motoristas e motociclistas amadores).
#PraCegoVer: fotografia (de capa) em plano fechado que mostra uma mão tatuada segurando um baseado sobre o vidro abaixado do carro, no primeiro plano, e ao fundo o retrovisor refletindo parte do carro que é branco e a estrada de faixa contínua; mais ao fundo, vemos uma paisagem verde desfocada (em movimento). Créditos da foto: Diogo Vieira.
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