Loja de brownies de maconha fechada em Fortaleza oferecia baseado como brinde

Rotografia que mostra saquinhos transparentes contendo brownies, agrupados de três em três, com um baseado sobre cada conjunto, em uma superfície de madeira escura. Foto: PCCE.

O estabelecimento, que entregava os brownies de forma discreta, enviava um cigarro de cannabis nos pedidos acima de três unidades. As informações são do Diário do Nordeste

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) divulgou, nesta terça-feira (16), mais detalhes sobre a prisão de um jovem responsável pela venda de brownies de maconha em Fortaleza. Ele é responsável por uma loja on-line especializada no comércio dos itens, a qual foi fechada na última sexta-feira (12). O estabelecimento, que entregava os doces de forma “discreta”, fazia também venda de cigarros de maconha como parte de promoção oferecida no cardápio.

Conforme o delegado Alisson Gomes, titular do Departamento Estadual de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil, havia um “verdadeiro cardápio da quantidade” de itens. No caso de o comprador adquirir acima de três unidades, ele ainda ganharia um “beck”, como o cigarro de maconha é popularmente conhecido.

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Após denúncia acerca da venda ilícita, os policiais civis passaram a investigar o comércio digital, que funcionava havia pelo menos três meses e tinha mais de mil seguidores em rede social. Assim, chegaram a Anderson da Silva Pereira, 21 anos, sem antecedentes criminais.  Ele foi abordado e preso em flagrante durante a entrega de alguns doces em um local situado no bairro Aldeota.

Durante a ofensiva, os agentes levaram o homem até o apartamento em que ele residia, local em que os doces eram produzidos. Lá, foram encontrados maconha, mistura para o preparo de bolos e uma espécie de manteiga preparada com maconha, os quais serviam como insumos para a produção dos doces.

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Conforme o titular da Denarc, a maconha era lavada para retirada de impurezas e incluída numa manteiga, que ficava esverdeada. Depois, outros insumos eram misturados no preparo.

Além dos itens usados na confecção do prato, a polícia apreendeu objetos usados na embalagem dos materiais, uma balança de precisão, um caderno com anotações da contabilidade do comércio, 40 unidades já prontas para a venda e uma quantia de mais de R$ 2,8 mil.

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Alisson Gomes também ressaltou que o caso, para além do tráfico de drogas, trata-se de um “problema de saúde pública”. “Casos na internet apontam pessoas com sinais de doenças no sistema digestivo”, afirmou, acrescentando que “por ser um produto extremamente palatável, atrai a atenção de adolescentes”.

Anderson foi conduzido à sede da Delegacia de Narcóticos, na qual foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. A Polícia Civil segue as investigações no intuito de identificar outros envolvidos na atividade. Compradores da loja, caso identificados, também podem ser abordados.

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#PraCegoVer: fotografia que mostra saquinhos transparentes contendo brownies, agrupados de três em três, com um baseado sobre cada conjunto, em uma superfície de madeira escura. Foto: PCCE.

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