Livinha defende postura cautelosa de atletas do UFC sobre uso de maconha

Fotografia de Livia Renata Souza com um cinturão sobre o ombro direito, enquanto manda o dedo do meio com a mão esquerda para a câmera. Maconha.

Para Livinha Souza, o brasileiro ainda não está preparado para a legalização das drogas e o uso de maconha deve ser abordado com cautela pelos atletas do UFC. As informações são da AG Fight, via UOL Esporte.

Usuária assumida de maconha, a lutadora brasileira Livia Renata Souza é um ponto fora da curva. Dona de ‘papo reto’, a representante da cidade de Araraquara não esconde sua relação com o uso da erva, mas também contraria a expectativa em relação ao seu discurso ao defender que os lutadores tenham cautela ao abordar tal tema.

E o posicionamento da atleta se explica em uma breve comparação com o mercado americano. Enquanto nos Estados Unidos a sociedade caminha a passos largos para a legalização total do uso recreativo da cannabis, o que permite que lutadores peçam publicamente que a USADA (agência antidoping americana) diminua a rigidez no controle da erva, no Brasil maconha ainda é caso de polícia.

“São outras culturas. Brasileiro não está preparado para a legalização das drogas”, ressaltou, durante conversa com a reportagem da Ag. Fight nos bastidores do UFC Fortaleza. “O Brasil é muito para frente e tecnológico, mas ainda não tem esse tipo de raiz. Não somos tão organizados e comedidos para abranger até o uso recreativo. Temos primeiro que mudar a mentalidade, nos adequar”.

De fato, salvadas as diferenças culturais de cada sociedade no tratamento ao consumo da erva, o tema segue em alta para os atletas. Afinal, não existe prova científica de que a cannabis melhore o rendimento e a performance de competidores de alto nível. Para Lívia, no entanto, isso não justificaria que lutadores fizessem apologia do uso da maconha.

“Quanto ao aspecto esportivo, não acho legal fazer apologia, visto que certos jovens estão tão perdidos. Nunca poderemos tratar isso como coisa normal, cara. Tenho amigos próximos que se perderam, de começar na maconha, foram para cocaína e hoje estão no crack. Temos que ver tudo como uma coisa maléfica”, narrou antes de garantir que passa pelo período sem uso de ‘drogas recreativas’ exigido pela USADA sem maiores problemas.

“Não faço apologia. Quando tenho que ficar meus 40 dias, pelo camp, pelas exigências da USADA, sem consumir nenhum tipo de maconha, fico tranquilamente. Essa é a mensagem que a gente tem que passar. Da gente dominar a substância e não da substância nos dominar”, ponderou a ex-campeã peso-palha (52 kg) do Invicta.

Neste sábado (2), diante da estreante Sarah Frota, Livinha fará sua segunda luta no octógono mais famoso do mundo. Em caso de vitória, a paulista de 27 anos chegará a marca de 13 vitórias na carreira, em cartel que conta com uma derrota.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) de Livia Renata Souza com um cinturão sobre o ombro direito, enquanto manda o dedo do meio com a mão esquerda para a câmera.

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