Literatura Sativa: Ainda Há O Que Dizer?

Fotografia em plano fechado de uma pequena folha de maconha e as pontas dos dedos que a seguram, e, ao fundo fora de foco, um céu azul e algumas flores vermelhas e folhas (parte direita da foto). Ainda há o que dizer?

Marielle morta sem solução
Ágatha Felix perdeu comoção
Lulistas querem o fim da prisão
Bolsonaristas querem repressão

Previdência do Chile é moda
Crise na Bolívia é notícia
Brasil vota contra na ONU… Foda
Corpos pretos seguem em perícia

Senador contra legalização
Policiais escoltam maconha
STF muda a interpretação
E eu só posso sentir vergonha

A guerra às drogas segue feroz
E tudo dentro da mesma sina
A mão do Estado segue algoz
E o Aécio com cocaína

É o PSOL que se diz resistência
Fazendo politicagem torta
O MDB com a mesma consciência
Hipócritas tal qual a canhota

Aumentam as mortes nas favelas
Mais casos de feminicídio
Mais pretos e pobres nas celas
Aumentam torturas no presídio

Eu quero liberdade pra planta
Quero poder ver um filho nascer
Mas a apatia me espanta
E você? Ainda há o que dizer?

Leia também:

Literatura Sativa: Fumaça e Linhas

#PraCegoVer: fotografia (de capa) em plano fechado de uma pequena folha de maconha e as pontas dos dedos que a seguram, e, ao fundo fora de foco, um céu azul e algumas flores vermelhas e folhas, no canto direito. Foto: Phill Whizzman.

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Sobre Douglas Fortunato

Estudante de Filosofia no Rio de Janeiro, na UERJ, 26 anos e recém chegado na militância da causa canábica.
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