No Surf é permitido fumar Maconha
No Surf, ou melhor na Liga Mundial de Surfe (World Surf League) a maresia não dá super poderes aos surfistas e por isso o uso das “drogas recreativas” é “permitido”, em partes, isso porque a brisa não pode potencializar a performance. Entenda.
Existe Anti-Doping para Surfista!
Quando pensamos em surf, as vezes ligamos a vida saudável e pensamos que lá na praia não tenha muitas regras. Mas tem, com o intuito de intensificar o surf como esporte profissional, a Associação de Surfistas Profissionais adotou uma política antidoping, respeitando o atleta mas, no caso de um resultado positivo para uma dessas drogas, a pena é a suspensão de pelo menos um ano do Circuito e a perda de todos os pontos conseguidos.
Recentemente tivemos o segundo atleta suspenso na história do Suft, os 20 meses impostos ao brasileiro (ao lado) pelo uso de uma substância proibida não divulgada trouxe novamente o debate sobre a política antidoping na Liga Mundial de Surfe (WSL).
“Bateu uma onda forte”
Por lá (na liga mundial) são feitos diversos testes antidoping surpresa com alguns surfistas selecionados durante as 11 etapas anuais do Circuito Mundial. A entidade segue os procedimentos da Agência Mundial Antidoping (Wada), o que a obriga a analisar as amostrar em laboratórios credenciados pelo órgão, no entanto, somente é divulgado os resultados positivos para substâncias que estimulem a melhora de rendimento, é o que afirma o diretor da WSL, Renato Hickel.
– Os atletas podem testar positivo para as drogas recreativas por até três vezes, podendo ser suspensos também. Mas desde o primeiro caso, ele já passa por tratamento. A política antidoping da WSL é baseada nos procedimentos da Agência Mundial Antidoping (Wada). A gente faz uma serie de testes ao longo do ano, há três anos. Os testes não são anunciados, eles acontecem de surpresa e os atletas são selecionados aleatoriamente. Geralmente, eu escolho os vencedores do round 3 ou os perdedores das quartas de final, dependendo do cronograma de cada campeonato. A gente testa de 10 a 14 atletas por prova em quase todas as etapas, daí o elemento surpresa, o atleta não sabe que vai ser testado, por exemplo, aqui no Rio de Janeiro – comentou o brasileiro, que é o cartola mais influente do Tour.
Essa resolução foi adotada desde 2012…
Em 2012, quando foi publicado a nova resolução da confederação. Kelly Slater, dono de 11 títulos mundiais, chegou a brincar sobre a possibilidade de alguém ser preso pelo uso de maconha.
“Alguém vai ser preso no circuito? Talvez. Seria meio engraçado… Quero dizer, seria uma chatice para essa pessoa, seria constrangedor”, disse.
Slater também disse não se importar com a realização do exame antidoping, mas ressaltou que não acredita que a utilização de drogas recreativas melhore o desempenho. E não é a primeira vez que ele fala isso. Em 1998 o campeão defendeu o snowboarder Ross Rebagliati, de 26 anos, que ganhou o masculino de slalom nos jogos olímpicos do Winter Games em Nagano, Japão. Depois de ter sido testado e detectado com maconha no sangue, o Comitê Olímpico Internacional tomou a medalha do campeão e dois dias depois a devolveu, reconhecendo não ter autoridade para isso.
“Foi meio ridículo. O cara ganha e eles tiram a medalha dele porque ele estava fumando maconha e isto seria trapacear. Não sei, parece uma coisa boba para mim. ”
O teste positivo só se tornará público se a substância for considerada potencializadora de performance, ou se uma droga recreativa for detectada pela terceira vez. Fato, uma bela forma de tirar o foco de notícias sensacionalistas com os atletas e a maconha e preservar o direito individual de cada atleta.
Bônus
- Aloha! É hora de dropar!
Como ler essa matéria e não lembrar desse vídeo, hahhaha.
*Se não abrir o video, clica aqui. - Em Março, Kelly Slater produziu um filme sobre o tráfico de maconha e o contrabando nos anos 70.
- Coluna do Dr. André Barros, contando um pouco sobre a mídia sensacionalista. E mostrando quando o Gabriel Medina foi campeão começaram a falar do Surfe e a Maconha,
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