Laboratório peruano se prepara para exportar cannabis ao mercado latino-americano
Objetivo é alcançar o máximo potencial das plantações de maconha para uso medicinal localizadas no Vale de Sayán. As informações são do Perú 21
Após o laboratório farmacêutico Cann Farm Peru, pioneiro no setor de cannabis no país, ter realizado o primeiro plantio para fins medicinais legalmente no Peru em outubro de 2021, um de seus representantes comenta como está a cultura hoje e suas expectativas em relação ao grande potencial que os tratamentos médicos com cannabis significam para os peruanos.
Com a primeira colheita legal de cannabis medicinal, localizada em Sayán, distrito da província de Huaura, na região de Lima, estão sendo estabelecidos processos de cultivo sólidos que continuarão a melhorar.
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Embora os trabalhos nesta escala estejam apenas começando e os sistemas de extração ainda estejam sendo testados, estima-se que a produção aumente nos próximos meses. No entanto, como salienta Andrés Vázquez, presidente da Cann Farm, “esta decisão ainda não foi tomada e dependerá dos resultados desta campanha e dos seus processos de pós-colheita”.
Cuidados necessários
Para cultivar legalmente esta planta medicinal é necessário um manejo integral, no qual se previnem pragas e doenças por meio de boas práticas de limpeza, poda, ventilação, controle de umidade e aplicação de pulverizações foliares preventivas e sanitárias, irrigação e nutrição.
Por outro lado, o ciclo de cultivo e colheita dura em torno de quatro meses, distribuídos em três fases: germinação, sendo na segunda ou terceira semana que as sementes brotam; vegetativo, a partir da sexta ou sétima semana, em que as plantas atingem sua altura e vigor ideais; e floração, referente à oitava e nona semana, em que as flores aparecem e amadurecem.
Regulamentação
Segundo Vázquez, propõe-se que as plantações não sejam mantidas exclusivamente para o laboratório Cann Farm, já que o objetivo principal é melhorar a saúde dos peruanos. “Estamos abertos a produzir ou fabricar produtos acabados para marcas de outras empresas ou instituições que tenham interesse em entrar legalmente no mercado”.
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No entanto, o grande desafio deste setor a nível nacional é garantir que os pacientes tenham acesso a estes produtos legais e com a respectiva rastreabilidade.
A falta de controle das entidades competentes significa que a maioria dos produtos acabados derivados da cannabis para uso medicinal que são comercializados no Peru são ilegais. Isso afeta o crescimento de empresas formais que buscam trazer novos produtos com preços mais acessíveis ao bolso do peruano.
“Infelizmente, os produtos atualmente regulamentados não têm capacidade de competir com o mercado alternativo. Basicamente, se não podemos crescer, não podemos ter melhores preços para os pacientes. Precisamos do apoio das autoridades”, comenta Andrés Vázquez, presidente da Cann Farm.
Projeções
Embora agora sua prioridade seja a atenção do mercado peruano, entre suas projeções está a exportação de cannabis para uso medicinal legalmente na América Latina e, até 2024, a Cann Farm espera abrir novos mercados.
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#PraTodosVerem: fotografia mostra uma pessoa de touca, roupa descartável e luvas azuis, e máscara branca, observando vários ramos de cannabis dependurados em grades fixadas em uma estrutura metálica branca, que também aparecem ao fundo.
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