Jason Silva, apresentador da ‘Brain Games’, fala sobre cannabis em seu novo podcast

Fotografia em primeiro plano de Jason Silva, vestindo uma camiseta preta com o desenho de dois semicírculos brancos que se interceptam, com um sorriso fechado, e um fundo cinza.

Com o objetivo de ser um ‘exercício mental’, através de entrevistas com celebridades de renome mundial, o novo podcast de Jason Silva abordará a maconha e o estado de consciência que ela proporciona. Saiba mais no texto de Javier Hasse para a Forbes

Jason Silva é uma carta extremamente única. Nascido e criado na Venezuela, Silva se mudou para os EUA aos 18 anos. Em menos de duas décadas, ele conseguiu construir uma carreira extremamente bem-sucedida na mídia e na arte da oratória.

Como fã de todas as coisas maravilhosas, expansivas e inspiradoras, Silva não é um estranho à cannabis e aos psicodélicos. Na verdade, ele é muito aberto sobre seu uso.

“E se eu lhe dissesse que você poderia ser 500% mais produtivo; ou 430% mais criativo; ou 490% mais capaz de aprender uma nova habilidade?”, ele pergunta. “Bem, adivinhe: mais de 100 anos de pesquisa científica nos mostram que somos realmente capazes de alcançar um estado elevado de consciência chamado ‘Estado de fluxo’, no qual todas as nossas faculdades sobem para um nível muito alto… Agora, adivinhe o que mais: não apenas é um estado de fluxo ‘hackeável’, mas a pesquisa também mostra que a cannabis e as plantas psicodélicas podem nos ajudar a chegar lá”.

Intrigadx?

Felizmente, Silva está lançando um podcast focado em explorar esses tópicos em profundidade. O Flow Sessions com Jason Silva foi lançado semana passada, com o objetivo de se tornar um “exercício mental1 em uma nova série de podcasts com entrevistas com líderes de renome mundial como Michael Pollan, Steven Kotler, Rick Doblin e muitos outros”.

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Uma Pessoa Existencialmente Orientada

Silva gosta de se definir como uma “pessoa existencialmente orientada”, sempre energizada por ideias. De fato, ele gosta muito da contemplação e da introspecção.

“A cannabis tem uma história longa e profunda de ser usada como sacramento em favor da introspecção contemplada”, diz ele, explicando que esse elemento e sua paixão pelo conhecimento foram as coisas que realmente o levaram à maconha – contra a busca mais comum de lazer.

E crescer em “uma casa muito criativa”, que era “uma bela matéria-prima para um cérebro viciado em cannabis”, não doía. O papel do cenário e da configuração em informar a experiência de estados alterados não é secundário, ele explica, ao olhar para esses anos de formação, quando desenvolveu um “amor ao ritual, à contemplação, à introspecção e ao papel que a cannabis desempenhava para facilitar esses tipos de sacramentos”.

“Seja cannabis ou outros compostos que alteram a mente, esses compostos, de certa forma, são como placebos com foguetes auxiliares”, continua Silva.

Nesse contexto, quanto maior, maior a importância do ecossistema cultural, tanto quanto a qualidade da sua erva. “Eu acho que isso me fez um ativista, curador ou mestre de cerimônias, por assim dizer, no sentido de que eu sentia que não se tratava apenas de falar sobre cannabis e de ser um antídoto para a Reefer Madness2 e espalhar a verdade sobre as propriedades medicinais desta planta, mas também de mudar a cultura ao seu redor”.

E essa se tornou uma das missões pessoais de Silva: elevar o contexto cultural em torno da cannabis, ir além de “ficar chapado, jogar videogame e comer cheetos”.

Especialmente no contexto de tantas pessoas viciadas em drogas farmacêuticas com uma miríade de efeitos colaterais conhecidos, Silva tem tudo a ver com alternativas naturais. “Aqui você tem um tônico não tóxico, imensamente medicinal e benéfico que, se usado no contexto certo, não poderia apenas aliviar muito de nossa angústia, mas escrever um novo tipo de ‘oportunidade de cair na toca do coelho’ para as pessoas redescobrirem as coisas em que estão interessadas”.

Curiosamente, celebridades de todo o mundo estão percebendo essa qualidade que Silva tem.

Richard Branson disse recentemente: “Jason explica que as ideias nos transformam, nos transportam e nos fazem questionar a vida como a conhecemos. […] Sua mensagem é clara, olhe o mundo sem limites e tudo é possível… Como Jason explica… somos todos emissores e editores – cabe a nós espalhar ideias pelo mundo, para o benefício da humanidade”.

Então, o que vem a seguir para Silva? Ele continuará transmitindo, publicando, essas ideias destinadas a beneficiar a humanidade?

Siga o fluxo

Na visão de Silva, “a cannabis é um agente para facilitar a admiração”.

Mas o que isso significa?

Bem, “nós sabemos que a cannabis é um amplificador inespecífico da consciência; sabemos que a cannabis aumenta a reatividade aos estímulos, tanto de dentro como de fora, o que significa que é mais provável que você deixe o ambiente em que está perfurando sua representação, suas lentes de percepção”, explica ele.

Definitivamente, essas palavras podem parecer esnobes, intelectuais ou poéticas, reconhece Silva. Mas esse é o ponto. O venezuelano-estadunidense está tentando aumentar a consciência sobre a cannabis.

E é isso que o seu novo podcast, Flow Sessions com Jason Silva – patrocinado pela Flow Kana -, abordará.

Mas espere, o Flow Sessions é muito mais do que apenas um podcast, garante Silva.

“Eu penso nisso como a HBO dos podcasts, porque esse é o fim realmente alto dele, uma conversa especial com alguns dos astros mais inteligentes do mundo, sobre consciência, cultura, estados alterados, criatividade, inovação, tecnologia, e sobre a realidade existencial da condição humana.”

E, para tornar as coisas ainda melhores, esse mergulho profundo em alguns dos tópicos mais importantes do nosso tempo será informado através da experimentação de Silva (e às vezes de seus convidados) de cannabis.

“Meu interesse por todas essas coisas está enraizado na minha experiência com cannabis. Portanto, mesmo que nem todos os episódios falem especificamente sobre cannabis, todas essas conversas surgirão e emergirão do uso da cannabis… Cannabis é o contexto mais amplo que inspirou muitas das conversas exploradas e sessões encerradas.”

Portanto, a ideia por trás das Flow Sessions é que as pessoas desfrutem de conversas longas, para que os ouvintes sintam que estão sentados em uma sala de estar com os participantes do podcast. É tudo sobre o fluxo de ideias.

  1. No texto original em inglês, o autor usa o termo “mind-stretching”.

  2. Reefer Madness (“Loucura da Maconha”) é o nome de um filme de década de 1930, produzido nos EUA, que demonizava a maconha com uma mensagem antidrogas.

Tradução: Joel Rodrigues | Smoke Buddies.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em primeiro plano de Jason Silva, vestindo uma camiseta preta com o desenho de dois semicírculos brancos que se interceptam, com um sorriso fechado, e um fundo cinza. Foto: divulgação.

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