Itália quase triplicará a produção nacional de maconha medicinal em 2020
A região da Toscana e o Estabelecimento Químico Farmacêutico Militar criarão uma joint venture para produzir 500 kg de maconha medicinal em 2020. Com informações do MJBizDaily e tradução pela Smoke Buddies
O Ministério da Saúde da Itália planeja quase triplicar a quantidade de maconha medicinal produzida internamente no próximo ano.
Isso sinaliza a intenção do governo de depender em menor grau das importações em 2020 para atender à crescente demanda doméstica por cannabis medicinal.
De acordo com a legislação de substâncias psicotrópicas do país, que cobre a maconha medicinal, o Ministério da Saúde está permitindo que o Estabelecimento Químico Farmacêutico Militar (SCFM), em Florença, produza 500 kg de flores de cannabis em 2020, de acordo com um decreto publicado recentemente no diário oficial da Itália (Gazzetta Ufficiale).
O SCFM, que está sob as asas do Ministério da Defesa, é a única organização autorizada a cultivar cannabis medicinal na Itália.
A produção é feita de acordo com as Boas Práticas de Fabricação da União Europeia (EU-GMP), cultivando duas cultivares diferentes, chamadas FM1 e FM2.
Em 2018, 578 kg de maconha medicinal foram vendidos para pacientes na Itália, mas essa quantidade deverá aumentar significativamente para 2019, quando o total final for computado.
Estima-se que a produção de 2019 do SCFM esteja abaixo de 200 kg.
Giuseppe Libutti, advogado de negócios italiano, disse ao Marijuana Business Daily que o aumento da produção é positivo porque mostra o compromisso do governo da Itália com a continuidade do programa de cannabis medicinal.
No entanto, também “confirma a incapacidade do SCFM de satisfazer a crescente demanda”, disse Libutti. “As importações continuarão sendo necessárias porque a produção doméstica planejada não será suficiente”.
A produção doméstica é complementada com importações, que também precisam estar em conformidade com os processos de EU-GMP.
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A maior parte da maconha medicinal vendida na Itália vem da Holanda, onde é produzida pela Bedrocan e exportada pelo Escritório de Cannabis Medicinal do governo holandês.
A Aurora Cannabis é a única empresa canadense que fornece à Itália, embora uma parcela muito pequena do mercado.
Através de um contrato conquistado no início de 2018, a Aurora pode fornecer 100 kg ao país.
A empresa também ganhou um processo de solicitação recente para fornecer outros 400 kg de cannabis medicinal por um período de dois anos.
No entanto, parte do último contrato foi cancelada recentemente pelo governo.
Investimento do governo
A região italiana da Toscana e o SCFM concordaram em criar uma joint venture para produzir cannabis medicinal e gerar evidências sobre a eficácia e segurança do medicamento.
A decisão, tomada em novembro, é a continuação de uma colaboração contínua entre as duas entidades. O projeto foi aprovado por uma resolução apresentada pela Conselheira de Saúde Stefania Saccardi e aprovada pelo conselho regional.
O projeto de três anos – que pode ser estendido – se concentrará em três áreas:
- A produção de flores de cannabis para uso medicinal.
- A padronização de extratos de óleo.
- A concepção e condução de ensaios clínicos.
O investimento total é de 1,4 milhão de euros (US$ 1,5 milhão). Desse total, o SCFM contribuirá com 600.000 euros e a região da Toscana com 795.000 euros, começando com 397.000 euros em 2020, seguidos por 198.750 euros em cada um dos dois anos seguintes.
A Toscana justificou o investimento como uma maneira de adquirir dados clínicos para validar a segurança e eficácia da cannabis e seus derivados cobertos por seus serviços de saúde.
Apesar das pequenas quantidades vendidas, Itália e Holanda continuam sendo os próximos maiores mercados de maconha medicinal na Europa, depois da Alemanha.
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#PraCegoVer: fotografia (em destaque) em vista superior diagonal que mostra um plantio indoor de maconha em larga escala, com as plantas sendo cultivadas em vasos pretos dispostos sobre estruturas metálicas; na parte inferior direita da foto, vê-se uma pessoa com jaleco e touca brancos que manuseia o cultivo. Foto: La Stampa.
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