ILEGAL: Mãe brasileira luta para tratar a epilepsia de sua filha de 5 anos com maconha

O que você faria se descobrisse que sua criança tem uma epilepsia rara? E se a única coisa que controlasse as convulsões fosse um derivado de maconha? E se essa substância fosse proibida no Brasil?

ILEGAL conta a história de Katiele, uma brasileira que luta para tratar a epilepsia de sua filha de 5 anos com CBD, uma substância derivada da maconha e proibida no país. O filme é parte do projeto REPENSE, que pretende trazer informação e debate em torno do uso da Cannabis medicinal.

Katiele Fischer é uma mãe de 33 anos que mora em Brasília. Sua filha caçula, Any Fischer, 5 anos, sofre da síndrome de CDKL5, um problema genético raro que causa uma epilepsia grave e sem cura. Aos 3 anos, ela conseguiu andar, mas, em poucos meses, perdeu quase tudo o que havia conquistado em seu desenvolvimento. Ela sofria cerca de 60 convulsões por dia. A família, inconformada com a situação, foi atrás de uma alternativa e ficou sabendo sobre os benefícios do canabidiol (CBD), substância extraída da maconha e proibida no Brasil.

O CBD é um componente da maconha que não dá “barato”. Seu único efeito colateral conhecido é causar sono. A substância tem sido usada como remédio em parte dos Estados Unidos e Israel, entre outros países. Com o componente, as convulsões diárias de Any sumiram. “O que ela perdeu em quatro meses, o canabidiol devolveu em nove semanas”, conta a mãe, Katiele, em um documentário lançado nesta quinta-feira (27), em São Paulo.

O uso de CBD para crianças com epilepsia se popularizou a partir do ano passado, nos EUA, após a divulgação do documentário “Weed”, da CNN, que mostra como a substância mudou a vida de uma outra menina que sofre de uma forma rara de epilepsia. O filme americano contou com o neurocirurgião Sanjay Gupta, que, depois de conhecer casos como o da criança, chegou a publicar um artigo em que pede desculpas por um texto escrito anos antes, em que se manifestava contrário o uso medicinal da maconha.

Quem tiver interesse em conhecer mais sobre a campanha, acesse a página de arrecadação do REPENSE no CATARSE

“…o desespero de você ver a sua filha convulsionando todos dias, à todos os momentos, é tão grande que nós resolvemos encarar e trazer da forma que fosse necessário, mesmo que fosse traficando. E foi o que a gente fez, a palavra é essa, é traficar.”

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