Homem em prisão perpétua por US$ 20 de maconha ganha chance de liberdade sob nova lei da Louisiana (EUA)

Fotografia mostra dois pequenos buds de maconha secos sobre a palma de uma mão que está sobreposta a outra, e um fundo escuro, à direita. Foto: Sharon Mccutcheon / EyeEm.

Condenado em 2014 à prisão perpétua por causa de uma venda de US$ 20 em cannabis, Kevin Allen tem a chance de ser libertado sob uma nova lei do estado

Kevin O’Brien Allen, 39, está atualmente cumprindo pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional na Louisiana (EUA) depois que ele foi condenado por vender maconha no valor de US$ 20.

Em 27 de dezembro de 2012 e 13 de março de 2013, a Força-Tarefa de Narcóticos do Xerifado de Bossier pagou um informante para abordar Allen e solicitar cannabis. Entre as duas abordagens, Allen forneceu um total de US$ 20 em maconha, segundo o Last Prisoner Project, um grupo de defesa de prisioneiros de cannabis.

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O informante contratado pela polícia para incriminar Allen era seu amigo de infância. “Eu senti que não iria testemunhar sobre mim porque ele era meu melhor amigo. Eu não estava pensando que ele ia me usar assim”, disse Allen em entrevista.

A life sentence for $20 of weed? Louisiana stands out for its unequal use of repeat offender laws. | Courts | nola.com

#PraTodosVerem: fotografia mostra parte do rosto de Kevin O’Brien Allen, no canto inferior direito da imagem, que mostra uma foto de sua família, e paredes brancas ao fundo. Crédito: John Simerman.

Em março de 2014 Allen foi inicialmente condenado a 20 anos de prisão e trabalhos forçados, mas o estado pediu um aumento da punição sob os estatutos de “infrator habitual”. Allen foi então sentenciado novamente à prisão perpétua sem chance de liberdade condicional ou suspensão da sentença.

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Agora uma nova lei — que permite aos promotores distritais fazerem acordos de confissão pós-condenação com prisioneiros — oferece uma oportunidade ao promotor que atuou para a condenação de Allen facilitar a sua libertação.

O Last Prisoner Project lançou recentemente a campanha #FreeKevinAllen, para gerar pressão pública sobre o promotor Schuyler Marvin para que considere o caso de Allen.

No geral os promotores da Louisiana visaram a lei de infrator habitual — que oferece aos promotores amplo poder discricionário para aumentar a sentença de um infrator reincidente — principalmente a réus negros, como Allen. Segundo o NOLA.com, os negros representam 31% da população da Louisiana, mas 66% dos prisioneiros estaduais, 73% daqueles que cumprem penas de prisão perpétua e 83% daqueles que cumprem prisão perpétua como infratores habituais.

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#PraTodosVerem: fotografia mostra dois pequenos buds de maconha secos sobre a palma de uma mão que está sobreposta a outra, e um fundo escuro, à direita. Foto: Sharon Mccutcheon / EyeEm.

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