Girls in Green: “Nunca se fez tão importante nossa presença na Marcha da Maconha”

Alice e Magê escrevem à Bem Bolado Brasil sobre suas experiências na Marcha da Maconha de São Paulo, a maior do Brasil, que rolou no último sábado (1º). As fumadoras de opinião e responsáveis pelo projeto Girls in Green contextualizam ainda a importância deste dia

Nunca se fez tão importante nossa presença na Marcha da Maconha. ?
A onda conservadora nos atinge e estar em espaços de resistência como tal ato se faz necessário.
É nosso momento de resistir e ir às ruas em luta pelos nossos ideais.

Sábado, na 11° edição da MARCHA DA MACONHA,tivemos a feliz surpresa de ver milhares de pessoas reunidas na Av. Paulista por um único motivo: a legalização da maconha no Brasil e o fim da guerra às drogas.

Imagem da 11ª edição da Marcha da Maconha de São Paulo mostra a linha de pessoas atrás da faixa oficial do ato, que traz o tema do ano "Para o Povo Vivo e Livre, Legalize". Ao fundo, à esquerda, uma parte do Masp, e à direita, as árvores do Parque Trianon, na Av. Paulista, além da cortina de fumaça verde.

#PraCegoVer: Imagem da 11ª edição da Marcha da Maconha de São Paulo mostra a linha de pessoas atrás da faixa oficial do ato, que traz o tema do ano “Para o Povo Vivo e Livre, Legalize”. Ao fundo, à esquerda, uma parte do Masp, e à direita, as árvores do Parque Trianon, na Av. Paulista, além da cortina de fumaça verde. Foto: Girls in Green

Jovens, idosos, ativistas, políticos (Suplicy, seu lindo) curiosos, usuários, não usuários, pacientes, crianças, médicos, empreendedores, simpatizantes e até mesmo críticos, marcharam pacificamente do vão livre do MASP até a Estação República com gritos de resistência, pedindo pelo fim da criminalização da maconha no Brasil.

A data da marcha foi escolhida coletivamente especialmente no dia 01/06 para antecipar o que seria uma votação histórica no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para contextualizar, nesta quinta-feira (30), o ministro do STF Dias Toffoli adiou, mais uma vez, o julgamento da descriminalização do porte de drogas para o consumo pessoal, que aconteceria no dia 05/06 e que está em pauta para votação desde 2015.

Foto da 11ª edição da Marcha da Maconha de São Paulo registra, ao anoitecer, uma linha de pessoas, incluindo crianças, com as mãos para cima em sinal de resistência, marchando e segurando linhas e faixas que separam os blocos do ato. A frase "cultive seus direitos" é lida ao fundo. Foto: Karla Proença | @karlaacomk

#PraCegoVer: Foto da 11ª edição da Marcha da Maconha de São Paulo registra, ao anoitecer, uma linha de pessoas, incluindo crianças, com as mãos para cima em sinal de resistência, segurando linhas e faixas que separam os blocos do ato. A frase “cultive seus direitos” é lida ao fundo. Foto: Karla Proença | @karlaacomk

Essa votação histórica vem sendo adiada desde então, demonstrando dificuldades na luta por uma política de drogas mais justa no Brasil e no mundo. O proibicionismo evidência uma guerra para além das drogas, trata-se de uma guerra contra pessoas.

E sabemos muito bem quem são os/as afetados/as nessa dinâmica que criminaliza com base em cor, classe e gênero.
A força da proibição de nada tem a ver com ciência. A realidade é que, desde 5.000 anos A.C, a cannabis é utilizada para as mais diversas finalidades: medicina, fibra, alimento e a brisa! E que brisa!

Vamos abrir a mente!
Legaliza!
. . .

*Alice e Magê são responsáveis pelo projeto Girls in Green.

#PraCegoVer: Em destaque, Magê (esq.) e Alice trocando baseados em pleno vão do MASP, na Paulista, durante a 11ª Marcha da Maconha São Paulo. Foto: Karla Proença | @karlaacomk

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