Fundo de investimento visa US$ 250 mi em mercado da maconha nos EUA

#PraCegoVer: Em destaque, temos a fotografia da mão de uma pessoa (a dir.) segurando um notas de 100 dólares em forma de leque, mais ao fundo e em desfoque temos plantas de maconha. Startups

A legalização da maconha nos EUA está chamando a atenção de investidores que diante obstáculos como a lei federal proibitiva, o sistema bancário que a acompanha e um governo reacionário, enxergam uma grande oportunidade de negócio, como é o caso do fundo de capital privado de Chris Leavy que pretende investir US$ 250 milhões em empresas do setor canábico. Saiba mais com as informações da Bloomberg, via Uol.

Um fundo de private equity copresidido por um ex-executivo da BlackRock planeja reunir US$ 250 milhões para investir em empresas de maconha em lugares como Los Angeles, Las Vegas e o centro de Manhattan.

O MedMen Opportunity Fund II, que busca empresas que cultivam, fabricam e vendem maconha, abrirá operações nos destinos turísticos mais populares do país. É uma iniciativa oportuna porque recentemente Nova York acrescentou a dor crônica às condições que habilitam comprar maconha medicinal. O mercado da erva com fins recreativos na Califórnia abrirá em 2018 e Nevada legalizou o uso de maconha por adultos em julho. O Canadá planeja a legalização nacional até julho.

Atingir a meta de US$ 250 milhões do MedMen seria um dos maiores investimentos já feitos no incipiente setor da maconha, ainda rejeitado por instituições financeiras que receiam lidar com um produto que é ilegal segundo a lei federal dos EUA. O setor não tem acesso aos serviços bancários mais tradicionais e enfrenta uma incerteza política no governo de Donald Trump, cujo procurador-geral, Jeff Sessions, é inimigo ferrenho da maconha aprovada por leis estaduais.

Mas os mesmos problemas que podem desencorajar alguns – a ambiguidade jurídica e a falta de um entendimento amplo sobre como o setor funciona – fazem com que a cannabis legalizada seja um investimento inteligente, segundo as pessoas atrás do MedMen, com sede em Los Angeles, que no ano passado captaram US$ 60 milhões para o primeiro fundo dedicado à maconha do grupo. Os ativos são mais baratos por causa do risco, e menos investidores estão dispostos a entrar no espaço.

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“Eles estavam analisando mercados com muita transformação e sem muita transparência”, disse Ruth Epstein, uma ex-banqueira de investimento do Goldman Sachs Group em São Francisco que investiu no novo fundo da MedMen.

Wall Street está levando o MedMen a sério por causa de seu copresidente, Chris Leavy, que foi diretor de investimentos de ações fundamentais da BlackRock, a maior administradora de recursos do mundo. Antes disso, ele havia sido diretor de investimentos de ações da OppenheimerFunds. A presença de Leavy, 46, que ficou com a maior participação na primeira rodada do MedMen, é muito importante para investidores que, se não fosse por ele, provavelmente hesitariam diante de um fundo dedicado à maconha, disse Epstein.

O mercado da cannabis legalizada, de US$ 6 bilhões, deve chegar a US$ 50 bilhões até 2026, segundo a Cowen & Co. O uso recreativo foi legalizado em oito estados dos EUA, entre eles a Califórnia e o Distrito de Columbia. O uso medicinal é permitido em mais 21, inclusive em Nova York.

As empresas relacionadas à cannabis, em particular as lojas, devem estar situadas a determinada distância de centros comunitários, como escolas e instituições religiosas. Por isso, encontrar pontos comerciais em áreas de alto tráfego é difícil, mas, potencialmente, mais lucrativo.

O MedMen comprou ou alugou imóveis em lugares bastante transitados, como o centro de Manhattan, na região de Beverly Hills em Los Angeles e bem perto da Strip de Las Vegas.

“Se podemos estar em Los Angeles, Manhattan e Las Vegas, então da perspectiva de marca, estamos completamente adequados”, disse o CEO Adam Bierman, 36, cofundador da empresa. “O que não tínhamos percebido é que mais ninguém iria conseguir fazer isso – ou pelo menos não por enquanto.”

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