Fundo brasileiro que investe em cannabis sofre com crise do setor lá fora

Foto em plano fechado, tirada com a câmera inclinada lateralmente, que mostra dois buds secos de cannabis sobre notas de dinheiro, e um fundo escuro, com alguns feixes de luz branca, vistos à direita. Foto: themadpothead | Flickr.

O fundo acompanha a variação do ETF MJ, que é composto por empresas com mais de 50% da receita atrelada à indústria de cannabis. As informações são da Capital / O Globo

Tem sido pouco recreativa a experiência dos mais de 4 mil brasileiros que investem no ‘fundo de maconha’ da XP. Não bastasse o susto de março com a quarentena, o Trend Cannabis FIM sofreu outro solavanco no último mês e acumula perda de 41,4% no ano, vítima da crise que afeta o setor de maconha nos EUA e no Canadá.

Lançado em dezembro do ano passado, o Trend Cannabis é um fundo passivo, acompanhando de perto a variação do MJ, ETF (fundo listado) ligado ao setor de cannabis mais popular da Bolsa de Nova York. Fazem parte da carteira do ETF empresas que geram a maior parte de suas receitas com o plantio de maconha ou com a fabricação de produtos relacionados, como remédios baseados em canabidiol.

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O problema é que a maioria dessas companhias atravessa uma crise, resultado da combinação de impactos do coronavírus, desempenhos frustrantes, capitalizações de mercado exageradas e incertezas regulatórias.

Um exemplo é a canadense Aurora Cannabis, conglomerado de várias marcas relacionadas à maconha que é uma das dez companhias da carteira do ETF. A empresa divulgou nas últimas semanas mais um resultado trimestral frustrante, encerrando o ano fiscal de 2020 com US$ 2,4 bilhões, em meio a uma reestruturação que levou à demissão de 700 funcionários e o fechamento de várias unidades da companhia. No ano, as ações caem 80%.

Na imprensa especializada, analistas acreditam que há oportunidade para os papéis do setor se recuperarem, mas a incerteza em torno do mercado de maconha com a continuidade da pandemia segue elevada.

O fundo da XP é aberto a qualquer tipo de investidor, tem taxa de administração de 0,5% ao ano e aplicação mínima de R$ 500.

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#PraCegoVer: em destaque, foto em plano fechado, tirada com a câmera inclinada lateralmente, que mostra dois buds secos de maconha sobre notas de dinheiro, e um fundo escuro, com alguns feixes de luz branca, vistos à direita. Foto: themadpothead | Flickr.

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