Frente parlamentar sobre uso medicinal da cannabis é criada em Araraquara (SP)

Fotografia que mostra uma seringa preta junto a um pequeno bud seco e duas folhas verdinhas de maconha (cannabis), sobre um pedaço de tecido que parece ser feito de algodão cru. Foto: Pixabay.

Uma comissão especial de estudos foi criada no legislativo araraquarense com o objetivo de promover discussões e ações relacionadas à maconha medicinal. Informações do acidade on

Vereadores de Araraquara (SP) aprovaram, na última terça-feira (1), a criação de uma Comissão Especial de Estudos (CEE) denominada “Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis para fins Medicinais”. A iniciativa é de autoria de Fabi Virgílio (PT) e Marcos Garrido (Patriota).

O objetivo da CEE é promover, propor e fomentar discussões e ações relacionadas à cannabis medicinal. O órgão vai ser formado por três vereadores, indicados por ato da presidência da Câmara araraquarense no prazo de 15 dias. Os trabalhos da frente parlamentar devem durar ao menos dois anos.

Durante a apresentação do projeto de resolução, a vereadora Fabi Virgílio pediu aos colegas que “quebrassem preconceitos”. Ela reforçou que a Câmara possui papel de difundir conhecimento e construir políticas públicas que transformem a vida das pessoas.

Falar de cannabis medicinal é demonstrar compromisso com a vida, dignidade humana e saúde das pessoas. E esse compromisso é suprapartidário, de elevado valor social, considerando que regulamentar o uso é uma forma de democratizar o acesso”, defendeu.

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“Desde 2014 o Conselho Federal de Medicina autoriza a prescrição de medicamento à base de canabidiol e milhares de pacientes fazem uso, mas com insumos importados e fica mais caro e inacessível para uma boa parcela da população”, completou a parlamentar.

A criação da frente parlamentar também foi defendida durante a discussão do projeto de resolução pela vereadora Luna Meyer (PDT). Em sua avaliação, a Câmara Municipal deve ser favorável a todos os assuntos que necessitem de maior conscientização e debates.

“É mais um tema estigmatizado e que por sua vez tem trazido muitas benesses de onde se constrói através da ciência e vai ser muito benéfico aqui para Araraquara também”, pontuou, ao alertar os colegas sobre a necessidade de discutir mais o tema no Legislativo.

Quem também se manifestou foi o vereador Guilherme Bianco (PC do B). O parlamentar disse que foi procurado por familiares de usuários de canabidiol pedindo seu voto favorável. Ele também pontuou a dificuldade com a importação do medicamento.

“É um projeto que fala sobre saúde, uma outra saída para doenças que a medicina dita tradicional ainda não tem solução, que está provado cientificamente a importância disso, mas que infelizmente ainda é muito elitizado e temos pouca discussão no Brasil”, finalizou.

Após votação simbólica, o requerimento acabou aprovado sem manifestações contrárias.

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#PraTodosVerem: fotografia mostra uma seringa preta junto a um pequeno bud seco e duas folhas de maconha, sobre um pedaço de tecido que parece ser feito de algodão cru. Foto: Pixabay.

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