Fernanda Abreu relembra excitação cultural dos anos 80 e defende legalização da maconha

Fotografia em close de Fernanda Abreu segurando um violão em frente ao corpo, do qual aparece o braço, em fundo escuro. Foto: Murilo Alvesso / divulgação.

Cantora, que vai lançar novo DVD em dezembro, defende liberação da cannabis e restrição na publicidade de álcool. As informações são d’O Globo

Prestes a lançar o DVD “Amor Geral (A) Live”, Fernanda Abreu concedeu uma entrevista exclusiva à Revista Ela, do jornal O Globo, publicada neste domingo. A cantora, que chega aos 60 anos em 2021, completou 30 de carreira este ano e relembrou sobre diferentes aspectos de sua trajetória, um deles foi a efervescência cultural dos anos 1980. “Estávamos saindo da ditadura, éramos jovens e tínhamos um desejo enorme de criatividade. Conseguimos isso por meio da música, do teatro, do cinema, da poesia e das artes gráficas”, comentou.

Ao falar sobre o momento, a carioca também lembrou de como as drogas fizeram parte desse contexto. “Tinha muita droga também. A cocaína entrou pesado no Brasil. Nunca cheirei, mas, ao meu redor, muita gente se ferrou com isso, depois. Sempre fui virginiana e disciplinada. Também não pirei com o sucesso. Mas estava ali, curtindo para caralho. Via que estava vivendo um negócio grande”.

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O assunto, segundo ela, também é discutido sem rodeios com as duas filhas Sofia, de 28 anos, e Alice, de 20, ambas com o ex-marido, o designer Luiz Stein. “Digo que é muito perigoso. Se as drogas têm domínio sobre você, acabou a sua vida. Mas também acho que é uma questão de saúde pública e sou a favor da liberação da maconha, do mesmo jeito que defendo uma restrição na publicidade de álcool na TV”.

No campo profissional, Fernanda falou sobre como segue com sede de novidades. O novo DVD será lançado no dia 3 de dezembro e ela já está trabalhando numa exposição que vai rememorar os seus 30 anos de carreira. “Não haverá somente Fernanda Abreu para lá e para cá, mas uma mistura de linguagens, com sons e imagens que marcaram esses anos de produção cultural”, adianta.

 

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