Equipes da Liga Principal de Beisebol dos EUA agora podem ser patrocinadas por empresas de CBD

Foto mostra a mão e parte do uniforme, branco e azul, de um jogador de beisebol, que segura duas bolas, e o gramado do campo, ao fundo, fora do foco. Imagem: Jose Morales / Unsplash.

Mudança de política da MLB abre uma nova categoria de patrocínio em esportes profissionais

A Liga Principal de Beisebol dos EUA, a MLB, e suas equipes agora estão livres para vender patrocínios para empresas de cannabis que comercializam produtos de canabidiol (CBD).

De acordo com o Sports Business Journal, para que uma equipe venda um patrocínio de CBD, os produtos de uma empresa em potencial devem ser certificados pela NSF (uma organização internacional de avaliações de risco e teste de produtos), para não conterem THC, e o clube deve receber autorização do gabinete do comissário da MLB.

A mudança foi anunciada pela liga na terça-feira (21) em uma teleconferência com os profissionais de marketing da equipe.

“Estamos observando esta categoria há algum tempo e esperando que ela amadureça até o ponto em que possamos nos sentir confortáveis com ela”, disse o CRO da MLB, Noah Garden, à revista esportiva.

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Garden disse que cerca de três a cinco marcas de CBD estão em processo de certificação junto à NSF, visando um acordo de patrocínio.

“Nossos fãs são o tipo de cliente que eles procuram, e nós gostamos de ser os primeiros. É uma boa oportunidade para nós e para os clubes”, disse o diretor da MLB.

A MLB está entre as organizações esportivas profissionais mais progressistas nos EUA quando se trata de cannabis.

A liga e seu sindicato negociaram uma nova política de drogas em dezembro de 2019, após a morte de Tyler Skaggs — que tinha álcool, fentanil e oxicodona em seu corpo. A nova política adicionou testes para opioides, fentanil e cocaína, além de canabinoides sintéticos, enquanto a maconha foi retirada da lista de drogas de abuso da liga.

Em um memorando em 2020, a MLB esclareceu que os jogadores não seriam mais punidos por usar maconha durante a entressafra (offseason).

A entidade não é a única organização esportiva a relaxar as regras em torno da cannabis.

Em fevereiro, a Associação Nacional de Atletismo Universitário (NCAA) dos EUA anunciou que estava mudando suas políticas de teste de canabinoides.

A organização aumentou o limite de THC de 35 para 150 nanogramas por mililitro, alinhando-se com os níveis da Agência Mundial Antidoping (WADA), e recomendou que cada divisão considere mudanças na atual estrutura de penalidades para estudantes-atletas que testam positivo para o composto da cannabis.

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“Reconsiderar a abordagem da NCAA para testes e gerenciamento de cannabis é consistente com o feedback dos membros sobre como melhor apoiar e educar os estudantes-atletas em uma sociedade com visões culturais e de saúde pública em rápida evolução em relação ao uso de cannabis”, disse o Dr. Brian Hainline, diretor médico da NCAA, em um comunicado sobre a mudança de política.

Em março de 2020, a NFL fez mudanças em sua política de drogas que afrouxaram os testes antidoping para maconha.

Desde então, se um jogador der positivo para cannabis até duas semanas antes do treinamento em campo, seu teste é analisado por um conselho de profissionais médicos nomeados pela NFLPA (associação de jogadores) e pela liga que determinam se o jogador precisa de tratamento para abuso de drogas. Essa janela de duas semanas para testes de cannabis foi reduzida de quatro meses, o que significa menos jogadores com testes positivos para cannabis. Os jogadores não são mais suspensos por testes positivos e o limiar para reprovação agora é de 150 nanogramas de THC por mililitro de sangue, acima dos 35 nanogramas anteriores às mudanças.

A Associação Nacional de Basquete (NBA) dos EUA anunciou em outubro do ano passado que não testaria jogadores aleatoriamente para verificar a presença de maconha na temporada 2021-2022, uma continuação da política que foi colocada em vigor em 2020 para o “reinício na bolha” na Covid-19 e permaneceu desde então.

Dito isso, a Dorna Sports, organizadora do Campeonato Mundial de Motovelocidade (MotoGP), anunciou em abril uma parceria de bem-estar com a Craft 1861, uma empresa estadunidense que desenvolve e fabrica produtos de canabidiol.

“A Craft 1861 visa promover uma abordagem inclusiva e inovadora ao bem-estar — desde a recuperação do treino até tratamentos curativos de lesões tópicas e muito mais”, segundo um comunicado da MotoGP. “A empresa desempenhará um papel crucial no bem-estar físico e mental dos atletas e funcionários do Campeonato Mundial de Motovelocidade da MotoGP e da Pramac Racing, monitorando e trabalhando para melhorar o desempenho ao longo da temporada de 2022 e além”.

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#PraTodosVerem: foto mostra a mão e parte do uniforme, branco e azul, de um jogador de beisebol, que segura duas bolas, e o gramado do campo, ao fundo, fora do foco. Imagem: Jose Morales / Unsplash.

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