Empresa da Pensilvânia se torna a primeira nos EUA a fornecer maconha legalmente para pesquisa

Fotografia de buds de maconha saindo de um pote de vidro de borda verde, que aparece deitado e com a boca voltada para a câmera, no segundo plano, sobre uma superfície branca. Imagem: Terrance Barksdale | Pexels.

A cannabis do mundo real — semelhante à que é comercializada em dispensários — está disponível pela primeira vez para pesquisadores em todo o país

A lei federal dos EUA impediu por mais de 50 anos que as empresas do setor privado vendessem maconha para pesquisa médica, com apenas uma única instalação da Universidade do Mississippi permitida a cultivar cannabis para fins de estudo no país.

Agora, a Groff North America, sediada no condado de York, na Pensilvânia, disse que se tornou a primeira empresa nos EUA a trazer uma plantação de maconha ao mercado legalmente para estudo científico.

De acordo com a rádio WESA, a empresa da Pensilvânia, originalmente uma empresa de cânhamo, foi uma de apenas quatro no país a obter a aprovação da DEA (agência antidrogas dos EUA) para vender seu produto para fins médicos e científicos.

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“Pela primeira vez, a maconha do mundo real estará disponível para pesquisadores em todo o país”, disse o fundador e diretor médico da Groff North America, Dr. Steven Groff. “Estamos trabalhando com algumas das principais instituições dos Estados Unidos para fornecer novos tipos de material que até então não estavam disponíveis no Mississippi.”

 

 

Autoridades de saúde, defensores e legisladores vêm há muito pressionando por uma expansão na pesquisa sobre a cannabis, com muitas reclamações sobre a maconha cultivada pelo governo estadunidense ser insuficiente e seus produtos serem quimicamente diferentes do que está disponível em dispensários em mercados estaduais.

Steven disse que os itens produzidos pela Groff North incluem vaporizadores e óleos que os pacientes já podem obter nos 37 estados onde a maconha medicinal é legal.

A cannabis continua sendo uma droga de Classe I sob a lei federal americana, o que significa que pertence à classe de substâncias mais rigidamente controladas pelo governo federal. A classificação restringe a pesquisa científica sobre os usos potenciais da maconha.

O novo cenário de abertura a mais empresas autorizadas a cultivar maconha para pesquisa é um movimento que promete acelerar a compreensão dos efeitos da planta na saúde e tratamentos de condições que ainda não foram bem estudadas.

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Após sua primeira colheita sancionada pelo governo federal, a Groff North America foi obrigada a entregar a colheita à DEA antes de obtê-la de volta e vendê-la. Essa transferência ocorreu em 2 de fevereiro, segundo a empresa, que disse que foi a primeira transação desse tipo entre uma empresa com fins lucrativos e o governo estadunidense. Groff disse que o processo é uma formalidade exigida por um tratado das Nações Unidas que visa prevenir o abuso de drogas.

Groff observou que a DEA passou quase 20 meses realizando verificações de antecedentes, realizando inspeções e vasculhando a papelada antes de permitir que sua empresa cultivasse cannabis para fins de pesquisa. A empresa é obrigada a manter extensas medidas de segurança e salvaguardas administrativas para evitar o roubo de seu produto.

Apesar do custo da conformidade, a empresa diz que a nova linha de negócios traz muitas vantagens. “Vemos uma série de oportunidades para gerar receita e, em última análise, nosso jogo de longo prazo é ser um fabricante farmacêutico de vários medicamentos à base de cannabis”, disse Groff.

Hoje, a Groff North America tem cerca de 10 clientes, desde grandes universidades até grandes empresas químicas, e sua equipe de 15 membros, segundo Groff, está a caminho de dobrar ou triplicar nos próximos três anos.

Além de fornecer maconha para outras entidades, a empresa planeja desenvolver tratamentos em colaboração com outras empresas, disse Groff. Um projeto inicial explorará a possibilidade de usar certos canabinoides como antibióticos para tratar MRSA, um tipo de bactéria que causa infecções graves de pele e tecidos moles.

Dito disso, a empresa disse que também vê potencial para criar medicamentos para ansiedade, problemas de sono, transtorno de estresse pós-traumático e depressão.

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#PraTodosVerem: fotografia de buds de maconha saindo de um pote de vidro de borda verde, que aparece deitado e com a boca voltada para a câmera, no segundo plano, sobre uma superfície branca. Imagem: Terrance Barksdale | Pexels.

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