Empresa portuguesa produz roupas esportivas antiestresse à base de CBD

Fotografia em primeiro plano de duas mulheres, uma de costas e olhando para o lado e a outra de frente, no segundo plano, ambas vestindo camisetas esportivas cavadas de cor escura. CBD.

O CBD é aplicado no tecido, na fase de acabamento, através de microcápsulas, que se rompem com a fricção do movimento e penetram na pele. As informações são da Lusa, via Público

Uma empresa de Santo Tirso produz para os Estados Unidos uma roupa esportiva com acabamentos à base de um derivado da cannabisEm maio, no mesmo mês em que completou 50 anos de atividade, a Adalberto acrescentou mais uma mais-valia à sua atividade na área dos estampados, tornando-se “pioneira mundial na produção de tecidos com derivados de cannabis”, cuja utilização tem efeitos “anti-inflamatórios, relaxantes e antiestresse”, explicou à Lusa a diretora executiva, Susana Serrano.

De uma parceria com a empresa Devan-Micropolis, sediada na Maia, e com a norte-americana Acabada ProActive Wear “nasceu uma nova aplicação para o canabidiol (CBD) na roupa esportiva, depois de um primeiro contato no final de abril que abriu as portas à experimentação e procura de resultados”, acrescentou a responsável.

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Conhecida a sua presença em medicamentos, cremes e em óleos, o CBD já fora “também utilizado em têxteis lar (cama, mesa e banho)”, afirmou a CEO da empresa de Santo Tirso que, durante um mês, fez a “industrialização e materialização do projeto”. “Encomendamos as matérias-primas, fizemos os moldes e a confecção, bem como os testes de laboratório de qualidade e testamos a aplicabilidade do produto”, contou Susana Serrano.

Descoberta a fórmula, a presença do CBD “verifica-se com o recurso a microcápsulas introduzidas na fase de acabamento de tecidos, em que é aplicada uma certa quantidade enquanto o tecido passa no banho, ficando dessa forma as microcápsulas agarradas”, descreveu a responsável. Uma vez vestidas, “as microcápsulas presentes nas peças confeccionadas, com a fricção e o mexer, vão rebentar e penetrar na pele”, acrescentou Susana Serrano. “Para garantirmos que a peça de roupa possui o efeito do CBD, terá de haver 12 gramas por metro quadrado”, precisou.

Apesar de a substância conferir aos tecidos propriedades medicinais, possuindo “efeitos anti-inflamatórios, relaxantes e anti-stress”, a responsável da empresa ressalva “tratar-se de um acabamento funcional aplicado ao vestuário que tem os mesmos princípios ativos do CBD”, alertando “não dever ser confundido como tendo fins medicinais”.

O volume de negócios é “segredo”, mas Susana Serrano divulgou à Lusa terem recebido um “pedido para uma segunda encomenda que representa o dobro da primeira”, pois a empresa dos EUA “está a ter uma saída maior do que estava à espera”. Atentos a este desenvolvimento, garante a CEO, estão também “marcas esportivas”, admitindo que em breve possa haver “avanços também nessa matéria”.

Entretanto, dos Estados Unidos da América, único país onde os produtos são vendidos, veio “um novo desafio”, desta feita para a Adalberto de “testar a fórmula de CBD, também, em camisas de flanela”. Com 385 colaboradores, a empresa “líder europeia na arte de estamparia” tem atualmente três áreas de negócio: venda de tecido estampado a metro, têxteis lar, onde ganharam todas as licenças da Disney, e vestuário.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em primeiro plano de duas mulheres, uma de costas e olhando para o lado e a outra de frente, no segundo plano, ambas vestindo camisetas esportivas cavadas de cor escura.

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