Empresa israelense exportará maconha medicinal para a Alemanha

Fotografia em plano fechado de uma inflorescência de maconha de cor verde apontada para a câmera; ao fundo e fora de foco (parte esquerda da foto), pode-se ver a bandeira de Israel arriada. Israelense.

Empresa israelense anunciou que começará a exportar cannabis medicinal para a Alemanha, pouco mais de uma semana após o governo de Israel autorizar a exportação de maconha para uso medicinal. As informações são da Bloomberg, via InfoMoney.

A InterCure, uma empresa controladora israelense do ramo farmacêutico cujo maior ativo é uma produtora de cannabis medicinal, começará a exportar maconha medicinal para a Alemanha no terceiro trimestre do ano, segundo o presidente do conselho, Ehud Barak.

A empresa pretende ser uma das primeiras a fornecer seus produtos a mercados de cannabis em desenvolvimento, como a Europa, o que daria à InterCure uma “grande vantagem” em um setor altamente regulado, disse Barak, um ex-primeiro-ministro e chefe do Exército de Israel, em entrevista, em Herzliya.

“É preciso tempo para conquistar médicos e pacientes, e muitas tentativas e erros para encontrar a dosagem certa”, disse. “Além disso, por causa de toda a regulação existente, é difícil entrar neste mercado. Mas isso também torna o produto mais aderente” e fica mais difícil que concorrentes roubem participação de mercado, disse.

A InterCure está em “discussões bastante avançadas” com dois grupos para formar joint ventures que permitiriam que a empresa israelense se expanda para o norte e o sul da Europa, disse. Ele não deu detalhes sobre a identidade dos grupos.

O governo israelense aprovou a exportação de cannabis medicinal no mês passado, dando início a uma corrida armamentista entre empresas e investidores do setor que querem aproveitar a oportunidade. O valor das ações da InterCure dobrou desde o início do ano após subir mais de 1.200 por cento em 2018.

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Rota europeia

Embora o Canadá seja o maior mercado de maconha legalizada do mundo, a Europa pode oferecer uma rota de exportação mais fácil por enquanto, segundo Yona Cymerman, cofundadora da Can Innovation Finder, que organiza parcerias entre empresas de cannabis internacionais e startups israelenses. O uso da maconha é legal no Canadá, mas as regulações de importação do país são mais complicadas do que as da Alemanha e as de alguns outros países europeus, disse ela.

Na Alemanha, onde há poucas empresas de cultivo locais com as qualificações certas, “eles estavam mais abertos a importar desde o início e continuarão dependendo das importações para manter a oferta”, disse Cymerman. “Israel tem uma enorme oportunidade de se tornar um fornecedor-chave para a Alemanha e para outros países da UE que estão seguindo a liderança da Alemanha.”

Para acompanhar o ritmo frenético de desenvolvimento, a InterCure pretende levantar US$ 50 milhões em uma abertura de capital na Nasdaq neste ano, disse Barak. A empresa levantou cerca de US$ 18 milhões neste ano com investidores como o ex-executivo da Glencore Gary Fegel e o CEO da WeWork, Adam Neumann.

Os recursos ajudariam a expandir uma unidade de fabricação no norte de Israel, a construir uma nova instalação no sul e a realizar pesquisas com sementes e desenvolver produtos, disse Barak. A InterCure quer aumentar o estoque rapidamente nos próximos 18 meses — de 1,1 tonelada para 100 toneladas — para atender ao aumento esperado na demanda internacional, disse.

“Estamos em contato com cinco ou seis veículos de investimento”, disse Barak. “Há bastante interesse.”

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em plano fechado de uma inflorescência de maconha de cor verde apontada para a câmera; ao fundo e fora de foco (parte esquerda da foto), pode-se ver a bandeira de Israel arriada. Créditos da foto: Kobi Gideon / Flash90.

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