Eleições 2020: Cannabis murcha no legislativo brasileiro
Resultado das eleições não foi favorável à causa canábica nacional. Com poucos candidatos pró-maconha, bancada da cannabis nas Câmaras Municipais pelo Brasil virou cinzas. Saiba quantos votos cada um dos candidatos recebeu
O resultado das eleições brasileiras, realizadas no último domingo (15), pode ser o prenúncio de uma era cada vez mais proibicionista repleta de bizarrices, como as dos legisladores que acham que devem combater a cannabis com projetos que criminalizam e multam os consumidores ou impor as suas ideologias, que são muito mais danosas à sociedade quando comparadas à situação dos locais em que suas leis sobre a planta foram reformadas.
Recentemente, as eleições norte-americanas, que elegeram o novo presidente Joe Biden e sua vice Kamala Harris, deram a oportunidade aos estadunidenses de todas as ideologias políticas de optarem por uma abordagem regulatória no lugar da política proibicionista às drogas. Sem um referendo como nos EUA, os brasileiros no máximo tiveram a oportunidade de pôr no legislativo e executivo municipais, de todo o Brasil, representantes da causa canábica, mas, pelo que indica o resultado, a chance foi perdida.
Leia também: Cinco estados dizem sim à maconha e Oregon descriminaliza todas as drogas
Durante a propaganda eleitoral, tradicionalmente a Smoke Buddies abre espaço para a divulgação das candidaturas e neste ano recebemos 27 candidatos(as) a vereador(a) e prefeito(a) de 10 estados e apenas 2 foram eleitos e 13 estão como suplentes.
Suplente é aquela pessoa que não conseguiu o número de votos necessários para se eleger vereador, mas poderá assumir provisoriamente uma cadeira na Câmara por pequenos períodos, em virtude do titular encontrar-se afastado por licença médica, missão cultural ou necessidade particular, e também, definitivamente, no caso de falecimento do parlamentar em exercício, ou decorrente de processo de cassação ou renúncia.
Veja abaixo a lista da Smoke Buddies dos resultados dos candidatos canábicos:
Vale ressaltar que se desejamos ver mudanças nas Leis e ações concretas para reduzir a criminalização da população negra e pobre em nome da Guerra às Drogas, temos que por em todas as esferas representantes que vão ao encontro de novas políticas. O número de cadeiras ocupadas, que já era mínimo, reduziu mais ainda e se no próximo pleito, em 2022, não elegermos nossos representantes tempos obscuros vão reinar. Faça valer a democracia, ao se isentar do voto você só ajuda a eleger bizarrices.
#PraCegoVer: em destaque, fotografia, em preto e branco, de uma folha de maconha seca, com os folíolos contorcidos, e um fundo escuro. Foto: THCamera Cannabis Art.
- Smoke Buddies: 13 anos em constante evolução e transformação - 25 de janeiro de 2024
- Anvisa terá que explicar na justiça a proibição de importação de flores de cannabis - 24 de julho de 2023
- Proibir flores de cannabis é vetar acesso à saúde e ao bem-estar - 27 de junho de 2023
- Ricardo Petraglia lança campanha para incluir o cultivo pessoal de maconha no PL 89/2023 - 23 de junho de 2023
- STF pode ficar mais conservador com Zanin, advogado de Lula - 23 de junho de 2023
- Uma crítica a quem acredita que decisão do STF possa prejudicar mercado medicinal da maconha - 12 de junho de 2023