Edifício flutuante é construído com terra crua, cânhamo e cortiça na França
O primeiro edifício flutuante em Bordeaux, na França, resulta de um investimento de 2 milhões de euros e usa sabugo de cânhamo, entre outros materiais, na estrutura do prédio de 600 metros quadrados
Meio edifício, meio barco, um escritório foi construído em Bordeaux, na França, com madeira, terra crua, cânhamo e cortiça. Além das características sustentáveis, o projeto híbrido que resulta de um investimento de 2 milhões de euros é o primeiro edifício flutuante do país.
São 600 metros quadrados (m2) de ambiente construído em uma estrutura de 30 por 11 metros, que tinha como objetivo reduzir ao máximo seu impacto ambiental, através da utilização de materiais como o cânhamo, da instalação de 18 painéis fotovoltaicos e de um sistema de refrigeração que usa reciclagem da água.
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“A inovação inerente a este projeto não foi pelo desafio de construir escritórios flutuantes em madeira, com esta dimensão e nesta região. Este é também um projeto inovador do ponto de vista da sustentabilidade e bem-estar dos colaboradores”, diz Jorge Milne e Carmo, do escritório por trás do projeto, em comunicado oficial.
Não é de hoje
O cânhamo não é uma novidade na construção civil — no mesmo país em que o edifício flutuante foi inaugurado, há resquícios do uso do material em pilares de pontes do século VI. Apesar de apresentar eficiência termoacústica e ser uma alternativa sustentável a outros materiais, o cânhamo sofre com entraves legais que dificultam sua ampla aplicação na indústria da construção civil.
Uma das barreiras à expansão do uso de fibra de cânhamo em materiais de construção na Europa e nos Estados Unidos é a quantidade relativamente pequena de cânhamo produzida em comparação com outras culturas de commodities. Outro desafio é a escassez de instalações e máquinas de processamento de fibra de cânhamo.
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#PraTodosVerem: fotografia mostra vista aérea do edifício flutuante construído pela Carmo Woods em Bordeaux, na França.
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