Dramin x maconha: existe alguma interação?

Fotografia que mostra uma porção de comprimidos redondos brancos em frente a uma flor de cannabis seca, em uma superfície amarela que se mistura com o fundo. Imagem: THCameraphoto. Saúde.

A possibilidade de tomar remédios e consumir maconha é um dos principais questionamentos de muitos pacientes. No caso do Dramin, isso pode ser prejudicial para o corpo humano?

O Dramin é um dos medicamentos mais utilizados no Brasil. Por ter dimenidrinato em sua composição, ele é indicado para tratar enjoos, tonturas e vômitos em diversas situações, como gravidez e labirintite.

Porém, curiosamente, o remédio virou parte da rotina de muitas pessoas por outra característica: causar sonolência. O composto é bastante ingerido em viagens, principalmente se elas forem longas, por pessoas que querem dormir durante o percurso ou diminuir as náuseas.

Mas, afinal, quem toma Dramin pode fumar maconha?

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Efeitos do medicamento

Antes de falarmos sobre a ligação entre as substâncias, é necessário entender as consequências causadas pelo remédio, tanto as positivas quanto as negativas.

Do lado positivo, como já citado, o Dramin é importante para amenizar complicações relacionadas ao enjoo e a dificuldades com o sono, o que impacta diretamente em mulheres grávidas, pessoas com crises de labirintite ou que estão em tratamentos de radioterapia.

Entretanto, assim como boa parte dos medicamentos farmacológicos, ele pode gerar alguns efeitos colaterais para os seus pacientes. Entre eles:

  • Dores de cabeça;
  • Visão turva;
  • Tontura;
  • Boca seca;
  • Retenção de urina;
  • Irritabilidade;
  • Insônia;
  • Dificuldade de concentração.

E sim, você não leu errado, apesar da sua finalidade, em determinados casos o Dramin pode causar efeitos opostos no organismo, podendo aumentar os níveis de insônia e tontura, por exemplo.

Interação com a maconha

A cannabis apresenta características parecidas com o Dramin, já que possui uma ação antiemética, ou seja, substâncias que ajudam a aliviar sintomas de náuseas e vômitos.

Esse ponto também diz respeito ao sono, já que as propriedades presentes na erva podem ser utilizadas para regular funções básicas do corpo. Isso é possível através da ligação dos compostos com o sistema endocanabinoide (SEC).

Apesar dessa similaridade, segundo um relatório médico do site Drugs.com, unir os dois pode ser prejudicial para os pacientes.

A interação pode acarretar em um agravamento de alguns dos efeitos colaterais causados pelo medicamento, como tontura, sonolência, confusão e dificuldade de concentração.

Em idosos, a junção também pode apresentar deficiências no pensamento e na coordenação motora.

Substituição

Se tratar medicinalmente com cannabis pode ser uma boa alternativa para o consumo de remédios como o Dramin. Isso se dá pela capacidade dos canabinoides exercerem o mesmo papel que o medicamento.

Além desse fato, diferentemente do remédio, a planta não causa tantos efeitos colaterais para o corpo humano.

Apesar da eficácia, é importante ressaltar que a cannabis não é um tratamento sintomático como o Dramin, mas ela ajuda a reequilibrar a homeostase, ou seja, a regulação de muitas funções básicas do organismo.

Consulte um médico

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que inclusive poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição. No caso dos produtos à base de cannabis, eles ainda precisam ser prescritos em receita azul (tipo B), quando tiverem até 0,2% de THC, ou receita amarela (tipo A), para concentração de THC acima de 0,2%.

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#PraTodosVerem: fotografia que mostra uma porção de comprimidos redondos brancos em frente a uma inflorescência de cannabis seca, em uma superfície amarela que se mistura com o fundo. Imagem: THCamera Cannabis Art.

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Sobre Cannalize

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