Cobertura canábica: 10 sites para ficar por dentro do universo da maconha

Uma porção de flores de maconha secas sobre a palma da mão de uma pessoa que está atrás da câmera e ao fundo, desfocado, um dichavador é segurado aberto com algumas flores.

Tendo um importante papel na luta do ativismo pela maconha, as mídias canábicas já propagavam a informação sobre a erva em tempos quando a imprensa tradicional nem sonhava em falar sobre o tema. Saiba mais sobre o assunto e confira alguns portais para ficar por dentro do universo canábico.

A regulamentação da maconha segue avançando a passos largos desde 2012 quando o Colorado fez história ao se tornar um dos primeiros estados dos EUA a legalizar a maconha para uso recreativo/social. Em 2013, foi o Uruguai e agora, em 2018, mais estados norte-americanos e o Canadá avançam nas mudanças das leis acerca da erva.

Dentro da maré legalizadora da maconha vimos surgir alguns veículos de mídia especializados no assunto, como por exemplo o The Denver Post que se tornou o primeiro grande jornal americano a ter um editor de maconha, o The Cannabist. Sob os comandos de Ricardo Baca, o jornalista escolhido à época (2013) assumiu a cobertura dos eventos e negócios relativos ao mercado, recém regulamentado, da maconha nos Estados Unidos.

Baca, que comandou a redação até 2016, vê atualmente o The Cannabist se desfazer frente ao anúncio feito no começo deste ano, de que os jornalistas seriam substituídos por bots.

O portal The Cannabist segue sobrevivendo com auxílio de máquinas (bots), contudo outros meios especializados como a Green State, uma vertente do jornal San Francisco Chronicle’s, o Extract Sun do Chicago Sun Times e entre outros criados por volta de 2013 já não existem mais. Atualmente, o editor fundador do Cannabist, Ricardo Baca, estabelece uma empresa de comunicação sobre cannabis, a Grasslands.

Enquanto o caminho das mídias especializadas de grandes jornais, criadas a partir de 2013,  se ajustam em um cenário nebuloso, recentemente o jornal Boston Globe, de Massachussetts, um dos dez estados que aprovaram o uso recreativo/social da maconha nos EUA, anunciou uma seção dedicada à planta e seus assuntos.

A criação e existência de jornalistas dedicados à cultura canábica, nos Estados Unidos, anunciou uma era de cobertura canábica que antes ficava restrita a poucos portais como a High Times (1974) ou a fóruns como o Cannabis Café, sempre direcionados ao consumidor da cultura da cannabis.

Brasil

No país, há décadas os principais meios de comunicação se baseiam em fontes de aplicação da lei como “especialistas” sobre drogas que inevitavelmente enxergaram os “perigos da maconha”. Na falta de conhecimento, aqueles que cobrem a ocasional história da planta avançam involuntariamente na propagação da guerra às drogas.

No passado, nenhuma redação mais tradicional achava o assunto digno de nota suficiente para dedicar uma equipe à campo, só em casos de apreensões de carga ou prisões de pequenos traficantes, que até hoje são ridicularizados pelos apresentadores dos programas de plantão policial, como o Sikeira Júnior.

Um cenário que vem mudando com a mídia tradicional se dedicando cada vez mais para fazer um trabalho imparcial, como já observamos em alguns episódios do Globo Repórter, especial da Band no Uruguai e entre outros.

Mas antes dessa mudança começar a ocorrer nas mídias tradicionais, muitos brasileiros e brasileiras, contrários às leis injustas e proibicionistas que cercam a planta até hoje, já movimentavam um enorme volume de informação semanal sobre a maconha e sua cultura.

Os consumidores brasileiros de cannabis contam com amparo informativo, cultural e de debates, desde 2002 com o surgimento do fórum da Growroom, um grupo que atua em defesa dos direitos dos usuários de maconha. De lá para cá vimos a criação do Hempadão, em 2009, da Smoke Buddies, em 2011, do portal Maryjuana, em 2012, e entre outros.

Brotando como semente na terra, a mídia canábica nacional seguiu ganhando espaço tanto na internet como em versões impressas, como a Revista Maconha Brasil, e em portais que não são focados no tema como a #CartaCapital que abriu espaço para o Hempadão. Tô orgulhoso dessa galera!

Com o objetivo central de informar, desmistificar e normalizar a maconha e toda a sua cultura para sociedade canábica e conservadora, o importante trabalho diário desenvolvido por essa galera não tem preço. Se hoje a sua necessidade é de argumentar em defesa da maconha ou simplesmente manter-se bem informado sobre o que ocorre no Brasil e no mundo, recomendo que salve nos favoritos e visite diariamente os seguintes portais:

https://www.growroom.net

http://hempadao.com/

http://www.smokebuddies.com.br/

http://maryjuana.com.br

http://coletivodar.org/

https://macoproject.com/

https://www.ganjatalks.com.br/

https://lombra.com.br/

https://cbdb.com.br

http://www.cannabica.com.br/

Extra

De importância igual a dos portais, temos também o canal “Jornal da Maconha” no youtube:

http://www.youtube.com/channel/UCce7uhaFPAy0Dtvp_96wW1A

Se você não viu o site que acompanha na lista acima, envie o link nos comentários.

Leia também:

Cannabis Influencers: a importância dos influenciadores na cultura canábica

#PraCegoVer: fotografia (de capa) de uma porção de flores de maconha secas sobre a palma da mão de uma pessoa que está atrás da câmera e ao fundo, desfocado, um dichavador é segurado aberto com algumas flores. Créditos da foto: Diogo Vieira.

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Sobre Dave Coutinho

Carioca, Maconheiro, Ativista na Luta pela Legalização da Maconha e outras causas. CEO "faz-tudo" e Co-fundador da Smoke Buddies, um projeto que começou em 2011 e para o qual, desde então, tenho me dedicado exclusivamente.
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