Delegado do DF vira alvo de piada após post com apreensão de 2 baseados e 12 pessoas

PraCegoVer: Em destaque, fotomontagem de 3 imagens onde na esquerda temos o delegado deputado com arma em punho, de jeans e camiseta preta, olhando pra frente enquanto atrás dele oito pessoas estão deitadas no chão de bruços, com as mãos na cabeça. Em outra imagem (dir) a fotografia de duas embalagens de sedas, uma tesoura, dois isqueiros, dois baseados e triturador de erva. Mais abaixo a cena de uma abordagem com pessoas ao chão e o delegado observando. Foto Divulgação

Deputado distrital, Fernando Fernandes faz post para celebrar apreensão de dois baseados e doze pessoas, mas vira piada na internet. A maioria dos comentários, que já chegam a mais de 5 mil, são contra a ação repressora do deputado/delegado

O delegado, deputado distrital e, agora, administrador regional de Ceilândia, no Distrito Federal (DF), Fernando Fernandes, virou o alvo de piada ao divulgar fotos em que apreende dois baseados, triturador, sedas e tesoura, além de encaminhar para a 23ª DP 12 pessoas envolvidas na ocorrência.

As imagens, postadas nesta quarta-feira (5), com a ação de Fernando Fernandes repercutiram de maneira negativa. A maioria dos comentários, que já chegam a mais de 5 mil, são contra a ação repressora do deputado/delegado.

Na postagem, ele explica que durante visita a Biblioteca Pública de Ceilândia, um estudante o informou sobre a presença de usuários de drogas. “Fomos até o local e encontramos oito jovens fumando maconha. Eles foram abordados e levados a 23ª DP. Alguns minutos depois, quatro jovens fizeram o mesmo. Resultado: doze pessoas encaminhadas para a delegacia”.

No entanto, os usuários da rede social não celebraram ou apoiaram a ação da forma esperada pelo delegado. A maioria, inclusive, o ironizou por prender usuários.

“Seloco delegado, presidente falo que vai te dar uma medalha de honra ao mérito, por proteger a nossa nação inteira, Brasil está grato e seguro pelos 3 pastel aprendido”(sic), comentou um usuário no Facebook. Outra pessoa comentou “Se eu soubesse que pra acabar com a violência da Ceilândia era só apreender 3 baseado… Parabéns. Nota zero” (sic).

Outros usuários chamam atenção ao citar que “falta enquadrar os filhinhos de papai das ‘áreas nobres'” (sic) de Brasília, enquanto uns lembram que se o processo que poderia descriminalizar o porte de maconha e outras drogas fosse votado, tal ação e seus custos seriam desnecessários, como expressou o usuário em um comentário:

“O erário público sendo muito bem administrado, se for contabilizar todo o vasto material apreendido, percebemos o quanto compensou o gasto em recursos humanos e técnicos utilizados nessa mega operação enxuga gelo, se formos contabilizar o gasto que será para o judiciário, percebemos o quanto vcs respeitam o dinheiro dos nossos tributos…. Parabéns deleputado, se formos apenas contabilizar o combustível dessas viaturas perceberemos que o material apreendido não cobre nem esse custo!”(sic).

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Basta olhar brevemente nas redes sociais de Fernandes ou em outros portais para constatar que esta deve ser sua rotina de trabalho, por ora ainda sem saber se como deputado ou delegado. Cremos que seu eleitorado, de 29.420 pessoas (coincidência ou não, é 420), espera mais de sua gestão que ficar enxugando gelo de quem, por liberdade individual, tem o direito de consumir o que quiser. Para que lotar o sistema judiciário e penal com meros usuários?

E, aos consumidores de maconha e outras substâncias, fica a dica: sejam mais consciente e evitem explanar o seu baseado cotidiano em locais passíveis a repressão social e policial.

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#PraCegoVer: Em destaque, fotomontagem de 3 imagens onde na esquerda temos o delegado deputado com arma em punho, de jeans e camiseta preta, olhando pra frente enquanto atrás dele oito pessoas estão deitadas no chão de bruços, com as mãos na cabeça. Em outra fotografia de tamanho reduzido (superior dir.) duas embalagens de sedas, uma tesoura, dois isqueiros, dois baseados e triturador de erva. Mais abaixo a cena de uma abordagem com pessoas ao chão e o delegado observando. Foto Divulgação

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Sobre Dave Coutinho

Carioca, Maconheiro, Ativista na Luta pela Legalização da Maconha e outras causas. CEO "faz-tudo" e Co-fundador da Smoke Buddies, um projeto que começou em 2011 e para o qual, desde então, tenho me dedicado exclusivamente.
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