Diante resistência dos bancos, cultivo de cânhamo triplicará no Uruguai

O cânhamo prova que é um investimento mais seguro que a maconha em um momento em que os bancos rechaçam as vendas legais da erva produzida no Uruguai. Nove empresas estão autorizadas a cultivar cerca de 1.200 hectares, três vezes mais que no ano passado.

A incipiente indústria do cânhamo do Uruguai está se expandindo silenciosamente à sombra de sua prima mais sexy, a maconha recreativa. O cultivo da planta usada em alimentos, produtos farmacêuticos e têxteis deverá triplicar neste ano. Segundo artigo publicado na Bloomberg.

Nove empresas, incluindo uma subsidiária da International Cannabis, receberam autorização para plantar cerca de 1.200 hectares em 2017, segundo dados do Ministério da Agricultura. No ano passado foram plantados cerca de 400 hectares.

O cânhamo prova que é um investimento mais seguro que a maconha em um momento em que os bancos dos EUA se recusam a trabalhar com as instituições financeiras locais que atendem produtores e distribuidores autorizados de maconha no Uruguai. O país sul-americano com cerca de 3,4 milhões de habitantes foi o primeiro a legalizar a cannabis em todas as suas formas.

Os investidores planejam extrair o canabidiol, ou CBD, das flores do cânhamo para exportação e  processamento posterior para a produção de  produtos nutricionais e farmacêuticos quando o governo emitir as aprovações necessárias, disse Sergio Vázquez, que avalia e monitora projetos de cânhamo como chefe de um órgão consultivo técnico do Ministério da Agricultura. O CBD pode começar a ser exportado em escala comercial no ano que vem, disse ele.

Duas empresas abordaram o governo com planos para construir laboratórios de extração de CBD, disse o ministro da Saúde, Jorge Basso, a jornalistas em 13 de outubro. A International Cannabis Corporation informou, no último dia 4 de outubro, que planeja terminar em abril a construção de um laboratório capaz de processar 50 toneladas de flores de cânhamo por ano.

“Os laboratórios serão a locomotiva que puxará os vagões desse setor”, disse Vázquez. “O plantio só explodirá quando os laboratórios precisarem de muitas flores.”

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