Cruzamentos de strains criam uma variedade infinita de sabores de maconha

Fotografia de diversos pé de maconha verdinhos e com fartas inflorescências apicais que tomam conta de quase toda a área da foto; na parte superior direita, pode-se ver as paredes refletivas metalizadas do grow. Strains.

Milhares de strains de maconha, únicas em sabor e aroma, vêm sendo criadas através de complexos processos de melhoramento e técnicas de cultivo. As informações são da Health Europa

Geralmente, o processo de crescimento de uma planta de cannabis determina fortemente o teor de canabinoides que uma strain possui – mas o que determina o sabor da maconha?

Os canabinoides, como o tetraidrocanabinol (THC) ou o canabidiol (CBD), são substâncias químicas da cannabis que se conectam aos receptores canabinoides no corpo e no cérebro, causando um efeito estimulante. Strains diferentes podem ser úteis para doenças diferentes, dependendo do seu perfil químico.

Terpenos

O processo de crescimento também determina o desenvolvimento de terpenos das plantas de maconha, ajudando a determinar o sabor e aroma que uma strain exala, semelhante à maneira como uma laranja irradia seu cheiro e gosto cítrico.

O terpeno mais comum encontrado nas plantas de cannabis é o mirceno, que também é encontrado nas mangas. O mirceno é responsável por dar um cheiro distinto a uma strain que a maioria das pessoas reconhece.

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Além disso, o mirceno é conhecido por fornecer vários benefícios terapêuticos, bem como propriedades anti-inflamatórias. Ainda mais importante, o mirceno também pode determinar se uma strain é dominante indica ou sativa.

Geralmente, as plantas que contêm mais de 0,5% de mirceno são ditas ser indicas. A percepção comum é que a sativa oferece ao consumidor ‘altas’ na cabeça que alteram o cérebro, enquanto as strains indicas proporcionam um efeito dominante no corpo. No entanto, é difícil classificar consistentemente muitas strains como exclusivamente indica ou sativa por causa do cruzamento desenfreado.

Por exemplo, muitos cultivadores tendem a cruzar strains sativa e indica para selecionar propositadamente canabinoides e terpenos específicos dentro de cada strain e criar um sabor único de cannabis. Os criadores podem misturar e combinar entre bem mais de centenas de diferentes strains, criando uma variedade infinita de opções híbridas.

A automação pode causar prejuízos?

O processo inicial de crescimento de uma planta de cannabis é uma etapa crucial, pois pode determinar a potência resultante da strain, bem como o sabor da cannabis. A maioria dos cultivadores em larga escala usa máquinas para automatizar suas casas de cultivo, o que pode aumentar significativamente os níveis de produção.

No entanto, a principal desvantagem é que as máquinas podem frequentemente danificar o teor de canabinoides nas plantas, resultando em strains mais fracas. No entanto, usando máquinas automatizadas, muitos cultivadores de grande escala são capazes de produzir em massa toneladas de cannabis a cada colheita, permitindo que eles redistribuam a cannabis a preços de atacado.

Pequenos cultivadores se dedicam ao cultivo da “cannabis artesanal”, que é conhecido como o processo artesanal de se criar maconha de grau orgânico e premium. Os cultivadores artesanais conseguem produtos de alta qualidade porque evitam o uso de máquinas e produtos químicos artificiais.

Produtos químicos artificiais, como pesticidas ou estimulantes do crescimento, podem danificar o crescimento canabinoide. Como resultado, os cultivadores artesanais tratam de cada e toda planta individualmente para garantir um processo de crescimento saudável. Durante os períodos de colheita, os cultivadores artesanais também cortam manualmente cada planta para manter a integridade canabinoide em toda a planta.

Ryan Stoa, professor associado de direito da Escola de Direito da Universidade de Concordia (Idaho, EUA), disse: “O número impressionante de strains de maconha que estão sendo desenvolvidas está criando uma cultura de apreciadores que favorece fazendas artesanais de pequena escala que podem se adaptar com agilidade às mudanças na demanda do mercado. Como essas fazendas podem se vender como pequenas, sustentáveis ​​e locais, elas podem refletir melhor os ideais de movimento alimentar do século 21”.

“É provavelmente inevitável que a “Big Marijuana” [em alusão à Big Pharma] se apodere de alguma forma, mas isso não significa que o mercado não possa apoiar as pequenas empresas que permitiram que a maconha se tornasse uma indústria exclusivamente local e artesanal”.

Tradução: Joel Rodrigues | Smoke Buddies.

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#PraCegoVer: fotografia (em destaque) de diversos pés de maconha verdinhos e com fartas inflorescências apicais que tomam conta de quase toda a área da foto; na parte superior direita, pode-se ver as paredes refletivas metalizadas do grow. Foto: capivaraweed.

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