Coronavírus: clínica e associação canábica começam a atender por telemedicina
Pacientes de todo o Brasil poderão ser atendidos por telemedicina, inclusive com médicos especialistas em cannabis, enquanto durar a pandemia. Além de uma clínica no Rio de Janeiro que oferece o serviço, a associação Abrace afirma que realizará acolhimento remoto e garantirá fornecimento de óleo, em João Pessoa
Inúmeros brasileiros que dependem dos benefícios terapêuticos da cannabis fazem uma via-crúcis para ter acesso a um atendimento médico especializado e tratamento à base de canabinoides. A busca por profissionais da saúde e clínicas especializadas em cannabis medicinal, que já era frequente antes do coronavírus, agora, em meio à pandemia, é cada vez maior. Porém, diante das ordens de isolamento social, fica mais difícil começar ou dar continuidade ao tratamento com cannabis.
Após o CFM autorizar, em 19 de março, a prática de telemedicina, pacientes têm esperanças renovadas de optar por este caminho sem a necessidade de interrupção do tratamento, ou ter de esperar meses para iniciá-lo. Em ofício encaminhado ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Conselho Federal de Medicina reconhece a possibilidade de uso da teleorientação e o encaminhamento dos pacientes em isolamento, o telemonitoramento e a teleinterconsulta.
O CFM já havia recomendado suspender o atendimento ambulatorial, de modo a não ter aglomerações desnecessárias em centros médicos e consultórios, além da necessidade de proteger a saúde dos médicos e pacientes.
A prática da telemedicina era vetada no País e os médicos que praticassem poderiam sofrer punições por parte do conselho. Mesmo assim, hospitais como o Albert Einstein e operadoras como a Amil já realizam este tipo de procedimento.
A telemedicina já é uma prática comum no exterior. Inclusive entre as especializadas em cannabis, como a Sapphire Medical Clinics que se tornou a primeira clínica de acesso à cannabis medicinal no Reino Unido a ser aprovada para consultas em vídeo.
Telemedicina Canábica para todo Brasil
Diante da possibilidade, a Clínica Gravital, focada na medicina integrativa para o tratamento e terapias à base de cannabis, com espaço físico no Botafogo Medical Center, no Rio, seguindo as recomendações da OMS com relação ao Covid-19 que estabelecem o isolamento social para evitar a circulação de pessoas, passa a disponibilizar a modalidade de telemedicina.
Com atendimento especializado em cannabis medicinal, o corpo médico da clínica Gravital está disponível para atendimento remoto em todo o Brasil. O agendamento da consulta pode ser feito pelo telefone ou no próprio portal da clínica.
Acolhimento canábico remoto
A Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança (Abrace Esperança), única autorizada no Brasil a produzir e fornecer óleo de cannabis, decidiu criar novas regras para o período de pandemia de coronavírus. Parte da equipe de profissionais está exercendo suas funções por home office.
Com objetivo de prevenir e proteger colaboradores e pacientes, principalmente as pessoas de grupos de riscos, a associação decidiu suspender os acolhimentos presenciais, tanto em João Pessoa, como em Campina Grande, na Paraíba. Durante esse período, o acolhimento será de forma remota, os cadastros serão feitos pela internet e o atendimento será virtual.
Em nota divulgada nas mídias sociais, a Abrace informa que, apesar do momento difícil, a equipe está empenhada para que os pacientes continuem tendo o acesso aos produtos durante este período. As retiradas dos óleos serão feitas de segunda à sexta-feira, das 9h às 12h, e os pedidos devem ser feitos com antecedência pelo site.
Serviços:
Clínica Gravital
Contato: (21) 2527-4469 / (21) 95901-7011
Agendamento on-line: http://clinicagravital.com.br/consulta
Abrace Esperança
Contato: (83) 99408-4038 / (83) 99111-1907
Acolhimento e pedidos on-line: http://abraceesperanca.org.br
#PraCegoVer: fotografia (de capa) em vista superior que mostra parte de sala de consulta da Clínica Gravital, onde vê-se uma parede branca ilustrada com desenhos e informações sobre a cannabis e o sistema endocanabinoide. Imagem: divulgação.
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