Cheech & Chong: novo serviço promete delivery de maconha em até uma hora ou menos

Fotografia mostra Cheech Marin e Tommy Chong com roupas em tons escuros de cinza e sentados em um sofá preto. Foto: Rico Polk | Stringer.

Os icônicos pioneiros da comédia stoner e ativistas pela legalização lançaram um novo serviço de entrega de cannabis

Cheech Marin e Tommy Chong, a dupla de celebridades mais famosa do universo canábico, lançaram em 1º de fevereiro um novo serviço de entrega na Califórnia (EUA), o Cheech & Chong’s Takeout, que promete aos clientes o recebimento de seus pedidos em uma hora ou menos.

O novo serviço de Cheech e Chong, que já possuíam um empreendimento em conjunto, oferece de tudo, desde buds a extratos, tanto de suas linhas próprias quanto de marcas que eles pessoalmente aprovam.

Hoje, os serviços de entrega de maconha são muito baratos nos EUA, chegando a custar dez centavos por uma dúzia de buds em locais como San Francisco. O que torna o empreendimento de Cheech & Chong superior aos demais, além dos prazos de entrega rápidos, são os “pedigrees” da dupla, explica Chong.

“O aspecto mais importante de qualquer operação tem que ser o pedigree que ela traz”, disse Tommy Chong em entrevista ao 48 Hills. “Se você quer um bom escritório de advocacia, dê uma olhada para ver quem tem a melhor reputação. Se você quer um bom cirurgião, faça a pesquisa e encontre o melhor médico para o trabalho. Então, quando você está lidando com cannabis, obtenha a linha Cheech & Chong”.

Antes de connoisseurs de maconha como Snoop Dogg terem seus primeiros sucessos, Cheech e Chong já eram pioneiros da comédia stoner — eventualmente lançando seis discos de ouro e oito filmes, incluindo o clássico Up in Smoke (Queimando Tudo).

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Eles formaram sua própria empresa de cannabis (além de negócios solo, Tommy Chongs Cannabis e Cheech’s Private Stash) e continuam a defender a legalização federal da maconha.

Chong diz que é uma progressão natural iniciar um serviço de entrega em vez de uma loja, especialmente agora.

“Não queríamos apenas abrir uma loja como a MedMen, fazendo com que parecesse mais do que é. Muitas pessoas usaram os nomes de Willie Nelson ou Bob Marley. Mas eles são apenas músicos que ficam chapados”, disse Chong. “Então não é por acaso ou por ganância que estamos na posição em que estamos, e agora, com todos em casa durante a pandemia, nossa decisão de fazer o serviço de entrega foi muito natural”.

Voltando para o futuro

Tommy Chong tem feito campanha pela legalização da cannabis a maior parte de sua vida, e seus filmes e música colocaram a cultura da cannabis no centro das atenções. Em entrevista, ele fala sobre o surgimento da indústria legal de cannabis nos EUA.

“É um remédio para muitas doenças graves. Eles tiveram que aprovar a lei de maconha medicinal nos EUA para que pudéssemos ter uma autorização médica para comprar maconha”, disse ele. “Os anos 60, 70 e 80 — os anos em que a maconha foi associada aos hippies e aos manifestantes antiguerra. Você sabe, todas as ‘pessoas más’ que estavam fumando aquela ‘erva do mal’ e criando problemas. Bem, agora, a cara da maconha são as velhinhas que a tomam para ajudá-las a dormir”.

Chong destaca que a etimologia da palavra droga vem da palavra holandesa dröge, que significa “secar”.

Dröge significa secar — então, quando o cânhamo era colhido, ele era levado para o armazém para secar, e se você quisesse cânhamo, tinha que ir ao armazém de droga (dröge store). Eles usavam o cânhamo como remédio na época — eles tinham todos os tipos de tinturas que temos hoje, estamos voltando ao que eles tinham antes de ser ilegal no início dos anos 1900. Então, na verdade, estamos voltando para o futuro com a cannabis — voltando ao início de muitas maneiras, e a sociedade está se movendo da mesma maneira. Estamos pelo menos reconhecendo as leis como racistas”.

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#PraTodosVerem: fotografia mostra Cheech Marin e Tommy Chong com roupas em tons escuros de cinza e sentados em um sofá preto. Foto: Rico Polk | Stringer.

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