Cannabis melhora qualidade de vida de pacientes idosos com Alzheimer e Parkinson

Fotografia em visão superior de um bud de maconha (cannabis) sobre uma superfície branca e circundado por gotas amarelas que formam um coração. Foto: Sherpa SEO | Wikimedia Commons.

Idosos representam 33% dos pacientes de clínica especializada em medicina canábica, que observa ótimos resultados no tratamento à base de cannabis

O Brasil tem hoje mais de 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos e, segundo o Ministério da Saúde, a expectativa é que o número chegue a 43 milhões até 2031.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas sofrem de demência em todo o mundo. O tipo mais comum é a doença de Alzheimer, responsável por até 70% dos casos. O transtorno neurodegenerativo, progressivo e fatal se manifesta por deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

A doença de Alzheimer é comum em pacientes nessa faixa etária. Segundo o Ministério da Saúde, a prevalência em pessoas com 65 anos ou mais é de 11,5%. A Associação Brasileira de Alzheimer aponta que 1,2 milhão de brasileiros convivem com a enfermidade.

Estudos demonstraram que os canabinoides podem combater características da doença, como o estresse oxidativo e a neuroinflamação, envolvida na formação de placas amiloides e emaranhados neurofibrilares, responsáveis pelas manifestações do Alzheimer.

A Clínica Gravital, especializada em medicina canábica, atende desde dezembro de 2019 pacientes com inúmeras enfermidades cujo tratamento à base de cannabis tem excelente eficácia. Os idosos representam 33% da clientela da clínica, sendo que 26% dos pacientes sofrem da doença de Alzheimer, segundo informações enviadas por e-mail à Smoke Buddies.

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Doença de Parkinson

Uma condição típica da população idosa, o Parkinson atinge cerca de 200 mil pessoas no Brasil e é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em todo o mundo.  Como distúrbio degenerativo e progressivo do sistema nervoso que afeta principalmente o sistema motor, tem como sintomas mais comuns tremores, rigidez muscular, lentidão de movimento e dificuldade de marcha. Por ser uma doença neurodegenerativa, é comum o aparecimento de outros sintomas não motores, como depressão, insônia e constipação intestinal. Apesar de ainda ser uma doença sem cura, tratamentos para a melhora sintomática continuam sendo desenvolvidos, e os canabinoides vêm mostrando grande potencial neste campo.

Pesquisas clínicas também indicam potencial de tratamento da doença com canabinoides. Em relação ao tratamento dos sintomas não motores da doença, está crescendo a documentação sobre a eficácia do canabidiol. Estudos que avaliam os efeitos do CBD sobre esses concluíram que há efeitos terapêuticos significativos nos sintomas, como psicose e transtorno do sono REM, além de melhora da qualidade de vida dos pacientes.

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#PraCegoVer: fotografia (de capa) em visão superior de um bud de cannabis sobre uma superfície branca e circundado por gotas amarelas que formam um coração. Foto: Sherpa SEO | Wikimedia Commons.

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