Canabinoides tratam dores intensas e debilitantes
Produtos extraídos da cannabis melhoram a vida de pacientes com dores crônicas, inclusive as orofaciais. Saiba mais com as informações da Folha Vitória
A dor orofacial é toda dor associada a tecidos moles e mineralizados (pele, vasos sanguíneos, ossos, dentes, glândulas ou músculos) da cavidade oral e da face. As condições clínicas mais frequentemente associadas à dor orofacial são dores de dentes e de tecidos periodontais, disfunção temporomandibular (muscular ou articular), neuralgias, tumores, trauma tecidual e doenças autoimunes, por exemplo.
Usualmente essa dor pode ser referida da região da cabeça e pescoço ou mesmo estar associada a outras condições como cervicalgias, cefaleias primárias, fibromialgia e doenças reumáticas como artrite reumatoide.
A dor orofacial pode ser crônica (condição dispendiosa e clinicamente debilitante) e prejudicar até socialmente a vida do paciente. Diversos são os tratamentos oferecidos pelos profissionais da área, muitos com sucesso. Mas em alguns pacientes a dor pode não responder aos tratamentos já conhecidos.
Nos últimos três anos, a Anvisa liberou a importação de produtos extraídos da Cannabis, uma evolução no tratamento da dor crônica. Os estudos ainda são iniciais, mas já existem profissionais da saúde resistentes a indicar este tipo de tratamento aos seus pacientes, como explica a especialista que é membro da Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial (SBDOF), Juliana Stunginski. “Muitos estudos têm chamado atenção para o uso medicinal dos canabinoides, pelo seu potencial analgésico e pela sua capacidade de aliviar sintomas relacionados com doenças do sistema nervoso central. Porém, a maconha, como é popularmente conhecida, por ser a mais popular das drogas ilegais em todo o mundo, gera preconceito tanto entre leigos como entre profissionais que atuam na área da saúde”.
Os canabinoides fazem parte do grupo de compostos químicos que produzem seus efeitos por meio da ativação dos receptores canabinoides no cérebro. O uso dessa formula é indicado no tratamento de dores crônicas de diversas etiologias, sendo as mais comuns as dores neuropáticas associadas ao diabetes, vírus da imunodeficiência humana (HIV) / AIDS, esclerose múltipla, artrite reumatoide severa, fibromialgia, dores de origem oncológica, pós-traumas ou pós-cirúrgicas e neuropatias periféricas.
Em busca de novos métodos de tratamento para a dor crônica e pensando sempre no bem-estar do paciente, a Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial vem trazendo o assunto para o seu dia-a-dia e se coloca à disposição para mais esclarecimentos sobre o novo método de tratamento para a dor orofacial.
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